No México, Alckmin defende multilateralismo e ampliação de mercados

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O vice-presidente Geraldo Alckmin disse, nesta quarta-feira (27/8), que o Brasil busca avançar com acordos comerciais com o México, em especial nas áreas de agropecuária, indústria e serviços. O político está na Cidade do México, com o objetivo de ampliar os laços entre os dois países após as novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.“Nós podemos ampliar em todas as áreas. Vamos trabalhar com o setor do agro, setor primário da economia, a indústria, que está fortemente aqui representada, e o setor de serviços […] tem muitas possibilidades”, destacou o vice-presidente.Um dos pontos altos da visita do vice-presidente ao México é uma audiência com a presidente do país, Claudia Sheinbaum, no Palácio Nacional, marcada para esta quinta-feira (28/8).Alckmin reforçou que apesar da guerra tarifária contra os Estados Unidos, o Brasil e o México possuem relações fortes, reforçando a importância de investimentos recíprocos e do comércio exterior como “mão dupla”.“É uma reunião de trabalho que nós vamos debruçar aqui nesses dois dias, a pedido do presidente Lula. Para a gente fortalecer a relação comercial Brasil-México. As duas maiores democracias da América Latina, as duas maiores economias da América Latina”, afirmou o vice-presidente. “Muitas empresas brasileiras, inclusive aqui no México, fabricando aqui, investindo aqui, e uma boa complementariedade econômica.” Leia também Brasil Haddad defende Alckmin como vice de Lula em 2026 Negócios Alckmin: relação com EUA “não se desfaz por questões conjunturais” Brasil Com Lula e ministros, Alckmin chama tarifa de Trump de “injustificada” Economia Lula e Alckmin anunciam R$ 12 bi em crédito para impulsionar indústria Segundo o Palácio do Planalto, a corrente de comércio entre os dois países, no ano passado, atingiu US$ 13,6 bilhões. Só as exportações brasileiras somam o montante de US$ 7,8 bilhões, com a venda de automóveis, carnes de aves e veículos para transporte de mercadorias.Além do comércio entre Brasil e México, o vice-presidente destacou que o governo brasileiro tem ampliado outras negociações comerciais, inclusive com o apoio do Mercosul.“Acho que esse é o bom caminho, defender o multilateralismo e o livre comércio. Estados Unidos é prioridade do Brasil. Nós temos 201 anos de parceria e amizade. Então, é diálogo e buscarmos avançar, fazendo aí um ganha-ganha em termos de complementariedade”, enfatizou Geraldo Alckmin.Na segunda-feira (25/8), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que o Mercosul e o Canadá vão retornar às negociações de livre-comércio entre o bloco sul-americano e o país norte-americano.O Brasil assumiu a presidência do Mercosul durante a 66ª Cúpula de Chefes de Estado realizada no começo de julho em Buenos Aires, na Argentina. Durante o comando brasileiro, a expectativa é concluir o acordo entre o bloco dos países sul-americanos e a União Europeia até o final do ano e avançar em outras negociações, como com o Canadá, o Japão e a Indonésia.Segundo o ministro das Relações Exteriores, as primeiras reuniões de negociação devem começar em outubro, entre representantes do Brasil e do Canadá.