Entenda por que o BC rejeitou a compra do Banco Master pelo BRB

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Entenda por que o BC rejeitou a compra do Banco Master pelo BRBO Banco Central rejeitou na noite de quarta-feira (3) a aquisição do Banco Master pelo Banco de Brasília, em uma operação que vinha sendo analisada desde março deste ano. A decisão encerra um processo que dependia apenas da aprovação final da autoridade monetária.As instituições já foram notificadas. O BRB informou em comunicado que solicitará acesso ao conteúdo integral da decisão para avaliar os fundamentos técnicos do indeferimento. Até o momento, o Banco Central e o Master não divulgaram detalhes públicos sobre os motivos do veto.Com a rejeição, o contrato firmado entre as partes será rescindido. O BRB afirmou que seguirá prestando informações ao mercado e aos acionistas sobre os próximos passos após a decisão. O Banco Master, por sua vez, declarou que aguardará a íntegra do documento antes de definir alternativas cabíveis.Por que o BC rejeitou a operação?A decisão do Banco Central considerou a necessidade de avaliar se o BRB, controlado pelo governo do Distrito Federal, teria capacidade financeira suficiente para absorver a nova estrutura de capital do Banco Master. Em julho, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, já havia adiantado que a análise se concentrava na viabilidade da operação, e não na conveniência da aquisição.O veto ocorre após meses de expectativas em torno da negociação. Nesse período, as ações do BRB valorizaram cerca de 23% na B3, impulsionadas pela perspectiva de expansão da presença da instituição no mercado nacional.O Banco Master também vinha sendo alvo de atenção por sua política agressiva de captação, oferecendo remuneração acima da média do mercado em seus papéis. Além disso, operações envolvendo precatórios e dificuldades em emissões internacionais contribuíram para aumentar a cautela do mercado em relação à saúde financeira do banco.Entenda a negociação entre Banco Master e BRBO negócio foi anunciado em 28 de março, com previsão de compra de 58% do Master, incluindo 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais. A aquisição, avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, dependia apenas do Banco Central para ser concluída.O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia aprovado a transação em junho, sem restrições, considerando que a participação conjunta das instituições no mercado não ultrapassaria 20%. Em paralelo, o Banco Central autorizou o aumento de capital do Master em R$ 1 bilhão, para R$ 3,76 bilhões, reforçando a expectativa de avanço da operação.Com a decisão do Banco Central, a operação é considerada encerrada. O Banco Master afirmou que continua confiante em sua estratégia e seguirá acompanhando as alternativas disponíveis.