Caso da mala: publicitário é preso por matar e esquartejar namorada

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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu preventivamente, nesta sexta-feira (5/9), o homem acusado de matar e esquartejar a namorada, cujo corpo foi localizado em partes espalhadas pela capital gaúcha. O suspeito, de 65 anos, é publicitário, pós-graduado e já havia recebido homenagens públicas por sua atuação profissional.Para a polícia, ele agiu de forma fria e calculada, deixando pistas de propósito para desafiar as autoridades.Segundo o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios, o crime ocorreu no dia 9 de agosto. Os primeiros restos mortais da vítima, braços e pernas, foram encontrados no dia 13, dentro de sacolas de lixo, em uma rua erma do bairro Santo Antônio, Zona Leste da cidade. Leia também Mirelle Pinheiro Mistério em caso de mala com corpo esquartejado é revelado. Entenda Mirelle Pinheiro Corpo em mala: assassino tinha “técnica de corte”, diz polícia Mirelle Pinheiro Mistério macabro: corpo de mulher é achado em mala na rodoviária Mirelle Pinheiro Jogos Mortais: “sala da tortura” é achada em reduto do CV. Vídeo Sete dias depois, o acusado retornou à cena pública: levou o torso da mulher até a rodoviária de Porto Alegre e deixou o material em uma mala no guarda-volumes, em um dos locais mais movimentados do estado.Imagens de câmeras de segurança confirmaram a movimentação do suspeito. Ele utilizava boné, óculos, luvas e máscara para dificultar o reconhecimento, mas em seguida foi registrado por outro equipamento em um comércio da Zona Norte, onde chegou a abaixar a máscara e permitir a identificação.Durante coletiva de imprensa, o delegado Mario Souza destacou a frieza do acusado. “É um homem educado, frio e aparentemente muito inteligente. O crime foi cometido com a intenção de afrontar a sociedade e o Estado. Ele quis mostrar que estava um passo à frente da polícia”, afirmou.Souza também observou que o suspeito tinha domínio de técnicas de corte, o que ficou evidente na forma como o corpo foi esquartejado. Para a investigação, o acusado deixou pistas falsas e até teria feito denúncias enganosas para tentar manipular a ação policial.A polícia ainda não localizou o crânio da vítima e trabalha com a hipótese de que o suspeito planejava uma terceira etapa do crime, repetindo o intervalo de sete dias entre os descartes.“Primeiro, escolheu um lugar ermo. Depois, um ponto de grande circulação, cheio de câmeras. Não descartamos que houvesse intenção de um novo ato” explicou o delegado.O publicitário foi preso preventivamente e encaminhado ao sistema prisional. A vítima, mulher de aproximadamente 50 anos, era sua namorada. A identidade dela não foi divulgada.As investigações seguem para apurar se houve participação de terceiros. O inquérito também aponta que a mala com o torso da vítima permaneceu 12 dias na rodoviária até ser descoberta, após funcionários relatarem forte odor.“Este homem não pode estar em condições de convívio social. Ele tem altíssima capacidade criminosa”, concluiu Souza.