A Raízen (RAIZ4) e a FEMSA anunciaram ontem (4) o fim da sua joint venture criada para desenvolver o varejo de proximidade e lojas de conveniência dentro dos postos Shell no Brasil.Com o final do acordo, mais de 1.200 lojas de conveniência Shell Select, em sua maioria operadas via franquias, permanecerão com a Raízen, enquanto mais de 600 lojas Oxxo passarão a ser totalmente de propriedade da Femsa, juntamente com um centro de distribuição que abastece tanto a rede Oxxo quanto a Shell Select.Para o BTG Pactual, a transação é neutra em termos de caixa para Raízen, com a FEMSA assumindo caixa e dívida relacionados ao balanço do Grupo Nós.“Esse é mais um passo em direção ao objetivo da Raízen de simplificar o negócio, minimizar distrações e focar em ativos-chave”, veem Thiago Duarte e Guilherme Guttilla, que assinam o relatório.Payroll dos EUA vem abaixo do esperado e reforça apostas em corte de juros pelo Fed; acompanhe o Giro do Mercado de hoje e fique por dentro:Desde o início, os analistas acreditavam que a parceria com a FEMSA para desenvolver o varejo de proximidade no Brasil, aproveitando sua já extensa rede de lojas de conveniência, era um movimento inteligente.No entanto, por conta da situação atual, em que o balanço da Raízen já não suporta o aporte financeiro contínuo necessário para os planos agressivos de crescimento da joint venture, o anúncio agora parece uma decisão razoável.Os efeitos da OXXO no último balanço da RaízenNo último trimestre, a participação de 50% da Raízen no resultado da JV gerou um prejuízo de R$ 52 milhões, ou R$ 208 milhões em base anualizada. Isso contrasta com a estimativa de contribuição anual de Ebitda de cerca de R$ 150 milhões apenas das lojas Shell Select. Na visão dos analistas, o anúncio está alinhado com sua estratégia renovada de voltar ao básico.“Assim, a Raízen está essencialmente trocando sua fatia em um empreendimento de rápido crescimento, mas intensivo em capital, por uma rede menor, porém lucrativa e leve em ativos, diretamente vinculada à proposta de valor de seus postos Shell. A Raízen deixou de ser uma história de crescimento para se tornar uma história de reestruturação. A joint venture não era consolidada, portanto o acordo não afeta o balanço da Raízen, mas deve impulsionar o resultado líquido no futuro.”. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "RAIZ4", "RAIZ4" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "cbe5d2a"} ); O BTG mantém sua recomendação de compra e preço-alvo de R$ 3 (potencial de alta de 132,56%), pois mesmo uma pequena melhora na perspectiva de fluxo de caixa livre (FCF) pode gerar ganhos significativos no preço das ações.