CEO da OpenAI aceita pela primeira vez a teoria da internet morta

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Sam Altman fez uma publicação em seu perfil no X sobre a teoria (imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog) Resumo Sam Altman, CEO da OpenAI, reconheceu pela primeira vez que a chamada “teoria da internet morta” pode ser real.A teoria afirma que boa parte do conteúdo online seria artificial, produzido por bots que teriam substituído interações humanas.A declaração gerou críticas, já que a OpenAI lidera o avanço da IA generativa e, consequentemente, a expansão do conteúdo automatizado.O diretor-executivo da OpenAI, Sam Altman, surpreendeu ao admitir que a chamada “teoria da internet morta” pode ter um fundo de verdade. A hipótese, que até pouco tempo era vista apenas como conspiração, sustenta que boa parte do conteúdo online — incluindo perfis aparentemente humanos — na realidade seria gerada de forma automática por sistemas de computadores.Altman, que até então não levava o assunto a sério, publicou em sua conta no X uma reflexão sobre a presença cada vez maior de contas automatizadas na rede. “Nunca levei a teoria da internet morta tão a sério, mas parece que realmente existem muitas contas no Twitter operadas por LLMs agora”, escreveu, em referência aos grandes modelos de linguagem que alimentam serviços como o ChatGPT.O que é a teoria da internet morta?i never took the dead internet theory that seriously but it seems like there are really a lot of LLM-run twitter accounts now— Sam Altman (@sama) September 3, 2025 A teoria surgiu há alguns anos com a ideia de que a internet “morreu” por volta de 2016. Desde então, teria sido tomada por bots e conteúdo sintético. Embora seja classificada como conspiratória, levantamentos e pesquisas já apontaram que uma parcela expressiva do tráfego digital não é mais humano. O aumento de perfis falsos, da manipulação de dados e da proliferação de textos, imagens e vídeos gerados por inteligência artificial contribuem para o clima de desconfiança sobre o que circula online.O crescimento de ferramentas como o próprio ChatGPT, lançado em 2022, e de outras plataformas similares só reforçou essa percepção. Em poucos meses, tornou-se muito mais simples para qualquer pessoa — seja para uso legítimo ou malicioso — automatizar publicações em redes sociais e criar volumes massivos de conteúdo em pouco tempo.O assunto foi tema do Tecnocast 355: A teoria da internet morta.Altman x World IDA fala do CEO da OpenAI gerou críticas imediatas de usuários que apontaram contradição em sua posição. Para muitos, o avanço da IA generativa, promovido justamente pela OpenAI, é um dos principais fatores que explicam o cenário descrito por Altman. O comentário também reacendeu o debate sobre a necessidade de mecanismos que comprovem a identidade real dos usuários.Nesse contexto, alguns lembraram que Sam Altman é fundador da World Network, projeto criado em 2019 que busca validar identidades humanas por meio da leitura da íris, o World ID. A iniciativa é apresentada como uma forma de limitar a influência de robôs e conteúdos sintéticos no ambiente digital. Orbe da World faz captura do rosto (foto: Thássius Veloso/Tecnoblog)Em janeiro, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) proibiu o World ID no Brasil. O órgão entendeu que o pagamento em criptomoedas compromete a liberdade de consentimento no fornecimento de dados, sobretudo entre pessoas em situação de vulnerabilidade.Antes da decisão, a iniciativa funcionou por quase dois meses na cidade de São Paulo. Nesse período, cerca de 400 mil brasileiros tiveram a íris escaneada em troca de uma remuneração que podia chegar a R$ 750.Com informações do IndependentCEO da OpenAI aceita pela primeira vez a teoria da internet morta