Ministro da CGU: Não há conduta ilícita atribuída a irmão de Lula até agora

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O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius Marques de Carvalho afirmou em entrevista à CNN nesta sexta-feira (5), que “até agora”, “não há conduta ilícita atribuída ao irmão” do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).Isso porque José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão de Lula, é vice-presidente de um sindicato, o Sindnapi, alvo de investigação dentro da própria CGU, no âmbito das fraudes descobertas à pensionistas e beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).“O Sindinapi foi alvo da nossa investigação, da nossa auditoria desde o começo. […] Ele foi alvo da auditoria, logo depois abrimos processo de responsabilização contra o sindicato, assim como abrimos contra todas as outras entidades. Às vezes, eu ouço aqui e ali: ‘Há seletividade, a CGU está escolhendo quem investiga’. Não, tem processo aberto contra todo mundo. É claro que a conduta de uns é diferentes da conduta de outros.”, afirmou o ministro  Leia Mais Moraes abre prazo para PGR e réus do núcleo 2 apresentarem alegações finais O que bolsonarismo fez com o Brasil é um crime, diz ministro sobre tarifaço Lula liga para presidente da Comissão Europeia após acordo Mercosul-UE “O irmão do presidente Lula é vice-presidente de um sindicato, mas não há nenhuma conduta, até agora, atribuída pessoalmente ao irmão do presidente Lula. Isso é importante que fique claro”, completou.À CNN, Vinícius Marques de Carvalho explicou que as investigações ainda estão em curso e que “se tiver qualquer conduta a ser atribuída ilícita a qualquer pessoa, a responsabilização virá”.No entanto, esclareceu que a CGU não investiga “pessoas físicas quando se trata da aplicação da nossa lei. Estamos analisando pessoas jurídicas. (…) A investigação de pessoas físicas é cargo da Polícia Federal”.Ministro da CGU à CNN: Estou à disposição para depor na CPMI do INSS | BASTIDORES CNNSindinapiNo relatório que detalha o esquema bilionário de fraudes do INSS, a Polícia Federal aponta que o Sindinapi atuou sem cumprir os requisitos exigidos para realizar descontos em beneficiários previdenciários.De acordo com um ofício da Dataprev — estatal responsável pelos dados previdenciários e pela implementação das exigências técnicas — publicado ainda em 2024, tanto o Sindinapi quanto a Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) não haviam validado a biometria facial dos beneficiários.Apesar de ser vice-presidente da associação, Fei Chico não é diretamente investigado e nem foi citado pelo relatório da PF.*Com informações de Elijonas Maia