Quem é Lauryn Hill? A diva ‘alérgica’ ao estrelato que chega ao The Town

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Eles falam dela como “Brilhante, polêmica e alérgica ao sucesso”, e não é à toa. Lauryn Hill, ícone do rap e da neo-soul, completa 50 anos neste ano e ainda desperta mistério, espera e reverência na cena musical.Nascida em 26 de maio de 1975, em East Orange, New Jersey, Lauryn Noel Hill foi uma criança musical: coral gospel, violino, líder de torcida, teatro. Uma variedade artística digna de um documentário, e ela passou por tudo isso com direito a vaia já aos 10 anos, incentivada a continuar pela mãe.Seu salto para o estrelato veio com o Fugees, trio potente que unia rap, soul e R&B. Ali, ela cantava, atuava e, aos 21 anos, já ia à capa da Time (posteriormente) e dominava as paradas com “Killing Me Softly” e “Ready or Not”.O ápice solo e os prêmios que ninguém ignoraEm 1998, Lauryn estourou por conta própria com The Miseducation of Lauryn Hill, um álbum que praticamente ela escreveu, produziu e interpretou solo (só mais uma); virou referência de neo-soul, rap, reggae e R&B. Estreou no topo da Billboard 200, vendeu mais de 422 mil cópias na primeira semana, e hoje é um fenômeno certificado Diamond.Na cerimônia do Grammy de 1999, ela fez história: dez indicações, cinco vitórias, incluindo Álbum do Ano, e a primeira mulher a ganhar cinco Grammys em uma só noite. E foi a primeira rapper feminina a conquistar Best New Artist.No total, soma oito Grammys, seis VMAs, quatro NAACP Image Awards e quatro recordes no Guinness. É, podia até achar que ela tem que virar uma estátua, mas não, ela curte manter a aura de mistério.Polêmicas, sumiços e um pouco de “paiol de estilo”Com tanto sucesso, veio a exaustão. Lauryn se afastou, dedicou-se à família e criticou abertamente os limites impostos pela fama, especialmente no clipe “To Zion”, onde fala de priorizar a maternidade.Além disso, teve discursos polêmicos (veja um no Vaticano denunciando abusos), passou por problemas legais (uma temporada atrás das grades por sonegação de impostos em 2013) e virou manchete por atrasos e performances imprevisíveis.Mas quando ela quer, impressiona: no show do Fugees em Paris, em outubro de 2024, surpreendeu chegando quase no horário, trouxe os filhos ao palco, e fechou com energia, talento e nostalgia pura. TOP MAIORES VOCALISTAS#22. Lauryn Hillpic.twitter.com/pM50Qcy8q2— UpdateCharts (@updatecharts) August 31, 2025 E agora, SP? Ela vem pra valer e com estiloLauryn Hill se apresenta no festival The Town neste sábado (6), no palco The One, depois de uma aparição comentada no Coachella 2024 e de uma turnê que não saiu do papel, a cidade pode ser palco de um momento raro, imprevisível e memorável.E ela não vem sozinha. O filho YG Marley, influenciado por Lauryn e pelo avô Bob Marley, tem ganhado atenção com o single “Praise Jah in the Moonlight”, que viralizou globalmente, enquanto Zion Marley, mesmo sem seguir carreira musical, acompanha a mãe e o irmão nos shows, trazendo uma presença familiar e simbólica.Essa proximidade cria momentos de representatividade, celebrando a família, a cultura negra e a música que atravessa gerações. É também uma oportunidade de ver a artista em sua intimidade, com performances que misturam emoção, conversa e conexão direta com o público.Ela pode atrasar? Pode. Trocar o setlist como bem entender? Pode. Mas é justamente esse mix de diva, mãe e artista visceral (sujeita à própria liberdade) que torna cada show de Lauryn Hill único e imperdível.