Cientistas detectaram um acontecimento inédito no Golfo do Panamá, que desafiou as estatísticas obtidas nos últimos 40 anos sobre o comportamento dos mares na região.A ressurgência sazonal, que acontece tipicamente entre janeiro e abril, não pôde ser observada em 2025, alertando os pesquisadores do Smithsonian Tropical Research Institute (STRI) sobre as alterações no clima do golfo. Leia mais Entenda como a grama alimenta o risco crescente de incêndios florestais Mochila de US$ 30 mil permite mergulho abaixo da superfície do oceano Busca pelo Titanic escondia missão militar ultrassecreta; entenda Em um estudo publicado no início de setembro, os pesquisadores detalharam os dados obtidos nesse período e mostraram que as quedas típicas de temperatura e os picos de produtividade durante essa época do ano foram reduzidos neste ano.O sistema de ressurgência sazonal no Golfo do Panamá permite que águas frias e ricas em nutrientes das profundezas do oceano subam à superfície, sendo de extrema importância para a pesca, além de ajudar a proteger os recifes de corais do estresse térmico.É graças a fenômeno que as praias do Pacífico do Panamá continuam frescas mesmo durante o verão.Eventos de ressurgência dão suporte à pesca altamente produtiva e ajudam a proteger os recifes de corais do estresse térmico • Natasha HinojosaAs análises permitiram que os cientistas do STRI identificassem que a causa da ressurgência não ter acontecido neste ano foi a redução significativa nos padrões de vento no país. No artigo, eles explicitam como as alterações climáticas podem afetar os processos oceânicos.Como resultado, a falta do fenômeno pode ter reduzido a produtividade pesqueira e causado um estresse térmico exacerbado nos corais, que se beneficiam do resfriamento da ressurgência.Crise climática afeta baleias-jubarte e o equilíbrio dos oceanos