A revolução trazida pela inteligência artificial está transformando profundamente a forma como as empresas operam, e o setor de Recursos Humanos ocupa papel central nesse processo. Para a Sankhya, uma das principais provedoras de sistemas de gestão empresarial (ERP) do país, o avanço da IA marca o início de uma nova era — uma em que tecnologia e empatia caminham lado a lado, redefinindo tanto a gestão de pessoas quanto a gestão dos negócios.Flávia Gama, head de produto do Sankhya RH, explica que a função do RH passa a ser muito mais estratégica à medida que a automação assume tarefas operacionais. “O RH existe para cuidar das pessoas, e esse papel será ainda mais genuíno. A parte técnica tende a se nivelar com a inteligência artificial; o comportamento é o que vai diferenciar as pessoas”, afirma. Para ela, o dado é essencial, mas não basta.“O dado cru não diz tudo. É preciso entender as causas por trás dos números, porque é o olhar humano que interpreta, acolhe e transforma.”— Flávia Gama, head de produto do Sankhya RHVeja mais: Evas Perfumaria: como um carro velho se transformou em uma rede de R$ 110 milhõesE também: Como a Brasil Terrenos conquistou 17 estados em 20 anos e lucrou R$ 1,2 bilhãoNorteador da cultura organizacionalSegundo Flávia, o uso inteligente dos dados permite que o RH seja, de fato, um norteador da cultura organizacional. “O dado mostra onde há sobrecarga, onde há pessoas subaproveitadas, mas é o olhar empático que faz a diferença. A tecnologia deve libertar o tempo do profissional de RH para que ele foque no desenvolvimento humano, não no operacional.” Ela cita como exemplo uma empresa cliente da Sankhya que reduziu em 40% o tempo gasto com folha de pagamento após automatizar processos, redirecionando os profissionais para funções estratégicas. “Ganharam tempo para pensar no todo, planejar melhor e agir de forma mais humana”, diz.Essa combinação de tecnologia e sensibilidade humana, segundo a executiva, será a base do futuro da liderança. “O líder do futuro é o líder empático, que conhece genuinamente seus liderados, entende seus sonhos e reconhece que vida pessoal e profissional estão conectadas. Liderar é, antes de tudo, conhecer o outro”, destaca.IA refinando os sistemas de gestãoNa outra ponta da transformação tecnológica da Sankhya, o fundador e CEO Felipe Calixto acredita que a inteligência artificial também está resolvendo uma dor antiga do mercado de software: o tempo e a complexidade de implantação dos sistemas de gestão. “Eu costumo dizer era, porque na Sankhya já acabou essa dor. Agora entregamos muito mais rápido”, afirma.A empresa desenvolveu um agente de IA capaz de revolucionar o processo de implantação de ERP. A partir de um modelo pronto de “processos essenciais” — que engloba áreas como finanças, contabilidade, comercial, fiscal e BI —, o sistema elimina a necessidade de customizações extensas e acelera a entrega.“Antes, um projeto de ERP podia levar até dois anos para ser implantado. Agora, com três ou quatro dias, o cliente já tem o sistema funcionando. Isso é transformador”— Felipe Calixto, CEO da Sankhya.Modelo com melhores práticas de gestãoO executivo ressalta que a Sankhya inverteu a lógica tradicional do mercado, substituindo a personalização exaustiva por um modelo que traz as melhores práticas de gestão já consolidadas. “O cliente não precisa mais reinventar o sistema. Entregamos uma solução pronta e o conduzimos a aplicar fundamentos sólidos da administração. Antes o cliente dizia: quero fazer do meu jeito. Agora mostramos que as melhores práticas já estão ali. O especialista em gestão somos nós”, diz.Para Calixto, essa nova fase representa mais do que eficiência operacional — trata-se de um salto de mentalidade. “A inteligência artificial não vem para substituir pessoas, mas para ampliar o potencial delas. Com a tecnologia fazendo o trabalho pesado, sobra tempo e energia para inovar, liderar e crescer. É uma visão de abundância, não de escassez.”Ao unir automação, dados e humanização, a Sankhya acredita estar moldando o futuro da gestão empresarial e do trabalho. Em um cenário cada vez mais tecnológico, a empresa reforça a ideia de que o protagonismo continuará sendo humano — impulsionado pela inteligência artificial, mas guiado pela empatia e pela capacidade de transformar informação em propósito.Transformando planilhas em resultadosNeste cenário, a Ploomes nasceu da necessidade de transformar o caos das planilhas em uma gestão comercial mais eficiente. Criada por Matheus Pagani e seus sócios, a startup surgiu após o fundador identificar, por meio da experiência do pai no setor de vendas, as limitações de acompanhar equipes e resultados de forma manual. “Queríamos simplificar o processo de colocar uma operação de vendas dentro da tecnologia, tornando tudo mais padronizado e acessível”, explica Pagani.A plataforma cresceu rapidamente entre indústrias e distribuidoras, segmentos em que a integração entre CRM e ERP é essencial. “O vendedor gera propostas e pedidos para clientes cadastrados no sistema de gestão, então as duas bases precisam conversar”, diz o CEO. Essa interdependência acabou aproximando a empresa da Sankhya, referência em ERPs no país.As conversas entre as duas companhias começaram em 2021 e culminaram, em 2022, na aquisição da Ploomes pela Sankhya. Desde então, as plataformas atuam de forma totalmente integrada, oferecendo às empresas uma experiência mais fluida de vendas e gestão.“Com a Ploomes e a Sankhya juntas, conseguimos entregar uma solução muito mais rápida e eficiente”— Matheus Pagani, criador da Ploomes.Mesmo após a aquisição, a Ploomes manteve autonomia e cultura empreendedora. “Continuamos como uma unidade independente, com nossos sócios ainda no negócio. A tese da Sankhya é dar liberdade para que cada empresa siga crescendo, mas com sinergia estratégica”, destaca. Segundo Pagani, essa união representa o equilíbrio entre a agilidade de uma startup e a força de um grande grupo — com o objetivo comum de transformar dados em decisões e planilhas em resultados.The post Sankhya aposta em IA e empatia para transformar a gestão e o futuro do trabalho appeared first on InfoMoney.