Embraer: Morgan Stanley mantém compra, eleva preço-alvo e traça 3 cenários para ações

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Após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25) nesta semana, a Embraer (EMBR3) teve as suas projeções atualizadas pelo Morgan Stanley. O banco americano reiterou recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA), elevando o preço-alvo de US$ 67 para US$ 75, um potencial de alta de 16% em relação ao último fechamento. Kristine Liwag e equipe, que assinam o relatório, apontam que a fabricante de jatos reportou um sólido resultado operacional na última terça, impulsionado por uma receita ligeiramente acima do esperado (cerca de 4% acima da estimativa do Morgan) e fortes margens operacionais de aproximadamente 8,6% (estimativa do banco de aproximadamente 8,0%).O forte desempenho operacional da Embraer no trimestre reforça a visão positiva sobre a empresa e reflete suas ações de transformação para se tornar uma empresa aeroespacial e de defesa globalmente diversificada, com forte posicionamento estratégico em todos os seus segmentos. Durante o trimestre, a Embraer reportou uma carteira de pedidos recorde de aproximadamente US$ 31,3 bilhões, o que lhe proporciona cobertura para mais de 4 anos e visibilidade de lucros futuros, ressaltando o ritmo contínuo de pedidos em um cenário de forte demanda.Além disso, o banco aponta que a Embraer reafirmou suas perspectivas para 2025, que o Morgan avalia como alcançáveis ​​e conservadoras. A administração indicou que os resultados estão se aproximando do limite superior das suas projeções e que a empresa espera fechar o ano com saldo positivo em caixa, o que demonstra a continuidade da disciplina operacional e a solidez do balanço patrimonial. “Continuamos a ver uma história de investimento convincente para a Embraer, pois identificamos oportunidades significativas de longo prazo em todos os seus segmentos”, avalia.Ao atualizar o seu modelo levando em conta os resultados do 3º trimestre de 2025, o banco também revisou a metodologia de avaliação para refletir a expansão da presença da Embraer no segmento de Serviços e seu forte posicionamento no segmento Executivo. “Como a Embraer continua investindo na expansão de capacidade, ampliamos nosso conjunto de avaliações para capturar a evolução dos negócios de Serviços da Embraer, seu forte posicionamento competitivo e o crescimento acima da média do setor Executivo”, avalia o banco.Leia também:Confira o calendário de resultados do 3º trimestre de 2025 da Bolsa brasileiraTemporada de balanços do 3T25 ganha destaque: veja ações e setores para ficar de olhoOs principais catalisadores para as ações, na opinião da equipe de análise, são: 1) pedidos adicionais do E2 de companhias aéreas líderes; 2) pedidos firmes adicionais do KC-390; 3) a eliminação total da tarifa remanescente de 10% sobre os produtos aeronáuticos da Embraer nos EUA e 4) o potencial lançamento de uma nova aeronave: uma aeronave de corredor único maior para competir diretamente com a Boeing ou a Airbus, ou um jato executivo maior para competir com a Gulfstream e a Bombardier.O preço-alvo de US$ 75 deriva de um múltiplo composto de EV/Ebitda (valor da firma/lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) com base nas diferentes capacidades da Embraer: Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa e Serviços. “Atribuímos um múltiplo de aproximadamente 13,4 vezes ao Ebitda de 2027, estimado em cerca de US$ 1,1 bilhão, e assumimos que a Embraer negociará em linha com seus pares nos segmentos Comercial e de Defesa. Assumimos um prêmio de aproximadamente 25% em relação aos pares nos segmentos de Aviação Executiva e Serviços. Estimamos que cerca de 50% da capitalização de mercado da Eve seja atribuída à Embraer (uma abordagem conservadora) e que haja um desconto geral de aproximadamente 10% para o mercado brasileiro em relação a concorrentes dos EUA, Europa e Canadá”, aponta. O banco também traçou o cenário pessimista, em que o ADR cairia a US$ 43, e o otimista, em que subiria a US$ 133. A avaliação pessimista reflete a manutenção da avaliação da Embraer em seu múltiplo atual de aproximadamente 11 vezes o EV/Ebitda esperado para 2027 e que o mercado não atribui uma nova valorização ao período de crescimento sustentável da empresa e às oportunidades de pedidos de longo prazo.Já a avaliação no cenário otimista de US$ 133 reflete um prêmio de aproximadamente 1,5 vez em relação ao múltiplo de avaliação no cenário base, refletindo um perfil de crescimento mais forte, aceleração da expansão de margem e uma reavaliação adicional à medida que a empresa executa sua estratégia de crescimento e aproveita os catalisadores de curto prazo. “Além disso, podemos observar um aumento de 5% em nossa estimativa base de Ebitda para 2027 e um desconto de apenas 5% devido ao Brasil. Nosso cenário otimista também pressupõe que a Eve alcance seus marcos de comercialização e negocie mais próximo da avaliação atual da Joby e da Archer”, reforça. O valor de mercado atual da Eve, subsidiária brasileira da Embraer que produz aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (eVTOL), é de aproximadamente US$ 1,6 bilhão. Os concorrentes mais próximos da Eve, Joby e Archer, têm atualmente valores de mercado de aproximadamente US$ 14,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões, respectivamente. “Em nosso cenário otimista, atribuímos o valor mediano (valor da empresa de aproximadamente US$ 10,1 bilhões) à Eve, após ajustes para o caixa líquido, e assumimos que 100% da nova avaliação de mercado da Eve seja atribuível à Embraer, mantendo sua participação atual de aproximadamente 84%. Estimamos que isso poderia adicionar US$ 47 por ação à avaliação da Embraer, elevando o valor da ação em nosso cenário otimista para US$ 133”, conclui a casa de análise. The post Embraer: Morgan Stanley mantém compra, eleva preço-alvo e traça 3 cenários para ações appeared first on InfoMoney.