O Grupo Heineken inaugurou nesta quinta-feira (6) fábrica em Passos (MG), após investimento de R$ 2,5 bilhões e dois anos e meio de obras, dentro de estratégia para avançar sobre o mercado de cervejas de maior qualidade no país.“Queremos liderança no puro malte”, disse Mauricio Giamellaro, presidente-executivo da Heineken Brasil, a jornalistas. “Por que investimos em Passos? Porque precisamos aumentar nossa capacidade de produção de puro malte.”Tendo como foco o atendimento do mercado brasileiro e ocupando uma área equivalente a 140 campos de futebol, a nova cervejaria é a primeira unidade da empresa construída integralmente do zero no país, tendo capacidade inicial de 5 milhões de hectolitros por ano, a qual poderá ser duplicada quando o complexo industrial estiver operando com 100% da sua capacidade, disse Mauro Homem, vice-presidente de sustentabilidade e assuntos corporativos da empresa. Leia Mais Lucro líquido da Guararapes sobe 63% no 3° tri, para R$ 74 milhões Engie registra lucro líquido R$ 738 milhões no 3° tri, alta de 12,2% IKEA anuncia investimento no Brasil em parceria com BTG Pactual TIG “Uma fábrica de capacidade de 5 milhões de hectolitros não é algo comum para a Heineken. O Brasil realmente é um mercado especial”, disse Homem, acrescentando que o Brasil é o que mais consome as cervejas Heineken e Amstel, que serão o foco da produção em Passos.A fábrica é mais um dos investimentos que o grupo vem destinando ao Brasil nos últimos seis anos, os quais totalizam R$ 6 bilhões.“Crescer com qualidade sem sacrificar margem, essa é a prioridade da matriz”, disse o presidente.A nova fábrica vai pegar embalo no início do período de festas que começa com as celebrações de fim de ano e vai até o carnaval, épocas que favorecem o mercado de cervejas. “Ter destravado nossa disponibilidade de produtividade vai nos ajudar muito”, disse o Homem.Banco Central vê IPCA menor, mas emprego segue forte, diz economista | Morning CallCLIMA NÃO É PREOCUPAÇÃORecentemente, o presidente da concorrente Ambev afirmou durante conferência com analistas que as condições climáticas que desestimulam o consumo de bebidas no Brasil continuam sendo motivo de preocupação para a companhia no início do quarto trimestre, marcado tradicionalmente por temperaturas maiores.O presidente da Heineken Brasil também mencionou o clima como “razão número 1” para dificuldades do setor este ano, mas afirmou que as condições climáticas “não são preocupação daqui para frente, pelo contrário, impossível ser pior”.Giamellaro afirmou que a Heineken vê um cenário mais benigno para o próximo ano. “O ano de 2026 vai ser positivo para cervejas”, disse citando a Copa do Mundo de futebol, que impulsiona as vendas do segmento.Varejo: como empreendedores podem acompanhar tendências