Todo fim de ano eu reflito sobre os aprendizados que ele deixou. Novembro chega e, junto com ele, aquele impulso de olhar para trás — repassar o que fiz, o que aprendi e, principalmente, o que deixei para depois. É quase um ritual: a revisão do passado vem sempre acompanhada de uma leve autocrítica sobre as promessas que ficaram penduradas no “eu do futuro”.Esse “eu do futuro” é curioso. Ele carrega as melhores intenções, mas também o peso das nossas procrastinações. É o personagem a quem confiamos tudo o que exige disciplina, paciência ou desconforto. “Mais pra frente eu aprendo isso”, “ano que vem eu me atualizo”, “quando der tempo eu começo aquele curso”. E, quando o futuro finalmente chega, a conta vem junto.Em 2025, isso ficou mais claro do que nunca. Porque este foi o ano em que a Inteligência Artificial deixou de ser assunto de especialistas e passou a ser pauta de todo mundo. O tema atravessou carreiras, empresas, setores — e, de repente, o conhecimento sobre IA virou o novo “saber inglês” do mercado.Quem se antecipou e começou a aprender lá no início do ano — ou antes — hoje já enxerga o impacto disso. Não falo apenas de produtividade, mas de perspectiva. Aprender IA vai muito além de conhecer ou saber usar ferramentas; o verdadeiro desafio está em desenvolver uma nova forma de pensar, aprender a resolver problemas de modo mais inteligente, a questionar processos automáticos, a enxergar padrões onde antes havia só dados soltos.A IA não substitui o humano, ela o expande. Mas essa expansão só acontece para quem tem repertório para usá-la. E esse repertório vem do estudo, da curiosidade e da prática.O curioso é que a grande transformação não está em “usar” IA, mas em compreender o que ela muda dentro da gente. Quando você entende o potencial da tecnologia, passa a questionar suas próprias rotinas, suas decisões e até sua forma de liderar. Percebe que o tempo gasto com tarefas repetitivas pode ser redirecionado para pensar melhor, criar mais e decidir com mais clareza.E é aí que entra o tal “eu do futuro”. Porque, enquanto muita gente ainda se pergunta “por onde começar”, quem já começou a aprender em 2025 está prestes a abrir 2026 com uma vantagem imensa: técnica, cognitiva e até emocional. A vantagem de não ter medo do novo.A cada nova virada de ano, me convenço de que o futuro não é um ponto distante — ele é construído diariamente, por quem escolhe se preparar. E, olhando para o que vem pela frente, talvez nenhuma preparação seja mais estratégica do que entender e aplicar Inteligência Artificial.Afinal, daqui a alguns anos, quando olharmos para trás, talvez a grande diferença entre quem prosperou e quem ficou para trás não esteja nas oportunidades que apareceram, mas nas decisões que cada um tomou quando o assunto ainda era novidade.Então, se o seu “eu do futuro” pudesse mandar uma mensagem para você hoje, talvez dissesse algo simples: “comece agora”.Ah, e se o seu “eu do futuro” pudesse te deixar um recado… eu aposto que seria: se inscreve na lista VIP da XP Educação.The post Aprendeu IA em 2025? Seu “eu do futuro” agradece appeared first on InfoMoney.