Governistas apoiam nomeação de Derrite e afirmam que deputado é ‘equilibrado’

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Lideranças de partidos de centro, aliados do presidente Lula, como MDB e PSD, defenderem a escolha do deputado federal Guilherme Derrite para a relatoria do projeto antifacção do governo. Eles avaliaram o nome como “equilibrado” e de uma “direita não bolsonarista”.Já o Palácio do Planalto protestou publicamente contra a nomeação. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse nas redes sociais que a escolha “contamina o debate com os objetivos eleitoreiros”.A escolha do até então secretário de Segurança Pública de São Paulo foi articulada com apoio de governistas de centro e o compromisso de que Derrite faça um texto equilibrado, de preferência, sem o termo terrorismo. Apesar do acordo, a oposição deve pressionar para que caracterização ocorra.Lideranças de partidos de centro, e centro-esquerda, aliados de Lula, avaliam que o governo precisa ceder e negociar o texto junto ao relator. Para eles, se o Planalto continuar batendo de frente e insistir apenas do próprio texto, pode levar Lula a uma nova derrota no Congresso Nacional. Dessa vez, a queda seria mais grave, já que perder um embate no tema de segurança custaria uma parcela maior da popularidade do presidente.O último revés para o governo ocorreu na queda da medida provisória econômica que previa corte de despesas e arrecadação para o governo. Apesar de ter iniciado uma reorganização da base governista, o Planalto ainda não tem a maioria dos votos garantida.Nas redes sociais, o deputado Derrite disse que vai acatar pontos enviados pelo Governo, mas introduzir mudanças de “extrema importância”, como previsão de pena de 20 a 40 anos para integrantes de facções, o texto do governo previa de 8 a 15 anos.O relator também quer alterar a regra para progressão de penas, sendo obrigatório que o preso tenha cumprido pelo menos 70% da condenação, antes de ter a pena aliviada. Hoje esse índice é de 40%. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp O deputado também quer acrescenta a obrigatoriedade de cumprimento de pena em presídio de segurança máxima aos líderes das organizações, além da impossibilidade de anistia ou indulto. Leia também Motta anuncia Derrite como relator do PL antifação; deputado promete 'punição severa para crime' Por que Fux não julga recursos de Bolsonaro no STF?