Após a polêmica de barrar alimentos típicos da culinária paraense na COP30 (o que foi reconsiderado após repercussão negativa), novos questionamentos surgiram nesta semana durante a Cúpula do Clima, encontro de líderes que antecede a conferência. O assunto da vez são os valores exorbitantes cobrados em quiosques e restaurantes oficiais. Não é sem razão, mas há alternativa, como mostra o CicloVivo.Desde as críticas aos preços de hospedagem em Belém, que, diga-se de passagem, estourou após reclamação oficial de negociadores de dezenas de países, a cobertura midiática ganhou destaque para além dos interessados na pauta climática. Nesta semana, textos e vídeos de jornalistas ressaltaram preços como da lata de água por R$ 25 e a unidade do pão de queijo por R$ 30. Os valores são referentes a quiosques dentro da Zona Azul (em inglês, Blue Zone), área das negociações oficiais e onde profissionais da imprensa podem entrar.Foto: DivulgaçãoSegundo reportagem do Uol, parte desses valores caíram entre ontem e hoje (7 de novembro), após a repercussão. É importante ressaltar que a organização da COP30, incluso o aluguel do espaço para lojistas é de responsabilidade da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). Trata-se de um evento internacional, cujos valores têm como base o dólar. Ainda à reportagem do Uol, os proprietários afirmaram que os preços elevados dos alimentos se devem ao alto valor (também em dólar) cobrado pelo aluguel do espaço, comparado ao “de um quiosque de shopping”. Fato é que preços abusivos dentro de eventos oficiais na ONU não são novidade.Alternativa? Tem alimentação agroecológica por R$40Localizado próximo a entrada da Zona Azul, no Centro de Convenções Hangar, está o restaurante da Sociobio. Trata-se de uma opção de alimentação saudável disponível a todos os públicos da COP. De 70 a 80% dos alimentos do cardápio são agroecológicos e oriundos da agricultura familiar.Por R$40 é possível garantir uma refeição completa: com o valor, o cliente pode servir-se à vontade, uma única vez, e incluir ainda suco (pode repetir) e sobremesa. Leia também: 1.Mulheres e agroecologia: comida saudável e preço justo 2.Guia traz orientações para comércio de alimentos agroecológicos “É a opção de alimentação mais alinhada com os propósitos da COP30. O cardápio é feito com produtos agroecológicos, agroextrativistas e orgânicos de organizações da agricultura familiar de todos os biomas brasileiros”, afirmou Luis Carrazza, da Central do Cerrado.Com a expectativa de servir 120 mil refeições, o restaurante é uma parceria entre a Central do Cerrado e a Rede Bragantina, duas organizações que trabalharam juntas pela primeira vez no evento de lançamento do Na Mesa da COP30, em novembro de 2024.“Acredito que seja muito importante a gente oferecer durante o evento opções que sejam saudáveis, que sejam boas para quem planta, boas para quem consome e, especialmente, alimentos que sejam bons para o planeta”, afirma Lucia Reis, Rede Rede Bragantina.The post COP tem refeição agroecológica completa por R$40 appeared first on CicloVivo.