OpenAI: CFO volta atrás e diz que não busca auxílio dos EUA

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A OpenAI, criadora do ChatGPT e atualmente a maior empresa privada do mundo, não está em busca de apoio financeiro do governo dos Estados Unidos para sustentar sua ambiciosa expansão em infraestrutura de inteligência artificial, segundo sua diretora financeira, Sara Friar.Em evento, Friar deu a entender que a companhia pretende obter garantias de empréstimo federais que ajudariam a reduzir os custos de financiamento de um projeto estimado em mais de US$ 1 trilhão.OpenAI não quer reduzir custos de financiamento com apoio federalDurante uma conferência do The Wall Street Journal, Friar explicou que a empresa busca formar um ecossistema de apoio envolvendo bancos e fundos de investimento. Contudo, sua fala deu a entender que a startup também buscaria o governo norte-americano visando facilitar o acesso a crédito com juros mais baixos, permitindo acelerar os investimentos em centros de dados e infraestrutura de computação avançada.A OpenAI quer formar um ecossistema de apoio envolvendo bancos, fundos de investimento e, possivelmente, o governo norte-americano (Imagem: JarTee/Shutterstock)Segundo Friar, as garantias de empréstimo oferecidas pelo governo poderiam reduzir significativamente o custo de financiamento, além de atrair novos credores que normalmente evitariam empréstimos de alto risco. Esse tipo de apoio é incomum para empresas do Vale do Silício, mas a executiva defende que a escala e os custos da atual corrida tecnológica em IA justificam a medida.Mas, em uma publicação no LinkedIn realizada nesta quarta-feira (5), a executiva colocou panos quentes na fala e alegou que sua fala no evento foi mal interpretada.“Usei a palavra ‘salvaguarda’ e isso confundiu o argumento. Como o vídeo completo da minha resposta mostra, eu estava defendendo que a força americana em tecnologia virá da construção de capacidade industrial real, o que exige que o setor privado e o governo desempenhem seu papel”, escreveu.Gastos bilionários e busca por sustentabilidadeA proposta surge em meio a uma onda de investimentos massivos em infraestrutura de IA, o que levanta dúvidas sobre como a OpenAI pretende recuperar os valores aplicados. Estimativas apontam que, apenas neste ano, a empresa firmou compromissos que somam cerca de US$ 1 trilhão, incluindo:Um acordo de US$ 300 bilhões com a Oracle;O projeto Stargate, avaliado em US$ 500 bilhões, desenvolvido com Oracle e SoftBank.Mesmo com previsões de receita na casa das dezenas de bilhões de dólares, o montante ainda é insuficiente para cobrir os custos crescentes de operação e energia necessários para manter os modelos de IA em funcionamento.Mercado tem dúvidas sobre como a OpenAI pretende recuperar os valores aplicados em infraestrutura de IA (Imagem: thanmano / Shutterstock)Friar também negou rumores de que a OpenAI estaria preparando uma oferta pública de ações (IPO). Segundo ela, o foco da empresa no momento é manter o ritmo de crescimento e fortalecer sua base tecnológica.Leia mais:IA impulsiona demissões em empresas dos EUA‘Vibe coding’ é a palavra de 2025 para o dicionário CollinsIA por todos os lados: conheça as casas modulares da SamsungA busca por garantias governamentais marca um movimento inédito entre grandes empresas de tecnologia, refletindo o alto custo e a complexidade de sustentar o avanço da inteligência artificial em larga escala.OpenAI quer manter o ritmo de crescimento e fortalecer sua base tecnológica (Imagem: Melnikov Dmitriy / Shutterstock.com)O post OpenAI: CFO volta atrás e diz que não busca auxílio dos EUA apareceu primeiro em Olhar Digital.