'China vai vencer a corrida por IA', defende CEO da Nvidia

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Apesar da Nvidia ter batido o recorde de US$ 5 trilhões (cerca de R$ 16 trilhões na cotação atual) em valor de mercado recentemente, seu CEO diz que o mercado norte-americano precisa de otimismo. Para Jensen Huang, mandatário da gigante, a China é o país que vai vencer a corrida por inteligência artificial se os Estados Unidos não tomarem providências.A fala do chefão ocorreu primeiro em uma entrevista ao Financial Times, ao citar múltiplos fatores que podem levar os asiáticos a vencer essa corrida. Huang acredita que países ocidentais, incluindo os EUA e o Reino Unidos, são prejudicados por seu próprio ceticismo, e destaca a quantidade de regulações envolvidas.O executivo destaca que a China aumenta continuamente os subsídios relacionados aos gostos de energia elétrica para grandes empresas. Informações do veículo apontam que os asiáticos chegaram a aumentar os subsídios desse tipo em vários centros de dados operados por companhias como a ByteDance, Alibaba e Tencent.Mesmo com alta arrecadação, CEO da Nvidia se mostra preocupado com vendas de GPUs no exterior (Imagem: Kevin Dietsch/GettyImages)Um dos motivos envolvidos nessas ações dos modelos chineses ocorre após inúmeras empresas asiáticas reclamarem sobre o aumento nos gastos de energia. Por utilizarem tecnologias da Huawei e fabricantes como a Cambricon, esses aceleradores possuem menor eficiência energética do que os modelos da Nvidia, gerando uma conta de luz mais alta.Tarifas emperram Nvidia na ChinaEmbora a questão do subsídio governamental seja importante, Huang também bate na tecla das tensões comerciais dos EUA. Após Donald Trump apontar que poderia liberar a exportação de aceleradores de IA Blackwell para a China, o presidente estadunidense revelou dias depois que os melhores chips de IA da Nvidia serão somente para os EUA.Curiosamente, as falas descontentes de Huang ao Financial Times ocorreram após o anúncio de Trump de não liberar as Blackwell à China;Huang ainda publicou no site oficial da Nvidia pouco tempo depois que a “China ainda está alguns nanosegundos atrás dos EUA”;No passado, o CEO já havia revelado que a participação de mercado da Nvidia na China caiu de 95 para 0%;Um dos principais motivos teria sido as políticas de difusão de IA propostas ainda na era Biden;Sobre Trump, Huang adota uma postura de cautela, mas já se mostrou insatisfeito com as políticas tarifárias dos EUA;Há alguns meses, os Estados Unidos liberou a venda dos chips H20 de volta para a China;Em contrapartida, a própria China pediu para que suas empresas parassem de comprar os aceleradores de IA.Resta saber como os Estados Unidos vão lidar com a ascensão das IA chinesas. Com o interrompimento da distribuição de GPUs para a China, há a expectativa para o país asiático aumentar seu poderio em inteligência artificial, justamente pela falta de tecnologia para exportação.Quer acompanhar novidades sobre smartphones, chips e tecnologia? Siga o TecMundo no X, Instagram, Facebook e YouTube e assine a nossa newsletter para receber as principais notícias e análises diretamente no seu e-mail.