Senado dos EUA analisará resolução para barrar ataque direto à Venezuela

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Senadores dos Estados Unidos devem votar nesta quinta-feira (6) uma resolução que pode impedir o presidente Donald Trump de atacar a Venezuela sem autorização do Congresso.Essa análise é feita um dia depois de autoridades da Casa Branca terem dito aos parlamentares que ainda não há justificativa legal para ataques em território venezuelano.A resolução sobre “poderes de guerra” tem como principais apoiadores os democratas Tim Kaine e Adam Schiff e o senador republicano Rand Paul. Leia Mais: Análise: Cautela permanece apesar do recuo dos EUA em relação à Venezuela Comandante militar dos EUA visita navio de guerra no Caribe Governo Trump diz ao Congresso não ter justificativa para atacar Venezuela A Constituição dos EUA exige que qualquer presidente obtenha a aprovação do Congresso antes de iniciar uma operação militar prolongada.“Chegou a hora de o Congresso intervir e reafirmar sua responsabilidade”, disse Schiff em uma coletiva de imprensa antes da votação desta quinta.No mês passado, o Senado bloqueou uma resolução que buscava impedir os ataques contra barcos no Caribe e no Pacífico por uma margem apertada de 51 votos a favor contra a 48 contrários.Os republicanos alegram que Trump está apenas cumprindo uma promessa de campanha de atacar os cartéis de drogas.Kaine e Schiff afirmaram que esperam que a nova resolução tenha mais apoio do Partido Republicano.Ataques contra barcos e receio de ação contra VenezuelaOs vários ataques dos EUA contra embarcações no Caribe e no Pacífico aumentaram o receio de que Trump lance um ataque em território venezuelano.O republicano tem insinuado essa possibilidade há semanas, chegando a dizer que havia autorizado a CIA (Agência Central de Inteligência dos EUA) a conduzir operações secretas no país.Na semana passada, ele negou estar considerando ataques dentro da Venezuela, parecendo contradizer seus comentários anteriores, mesmo enquanto os EUA continuam aumentando sua presença militar no Caribe, com caças, navios de guerra e milhares de soldados.O secretário de Estado Marco Rubio e o secretário de Defesa Pete Hegseth informaram os legisladores sobre o assunto na quarta-feira (5).“Com base nessa reunião, acredito que o governo não deseja entrar em guerra com a Venezuela”, disse Adam Smith, o principal democrata na Comissão de Serviços Armados da Câmara dos Representantes, ao Atlantic Council.“Mas, por outro lado, o presidente Trump é conhecido por sua abordagem caótica. Ele muda de ideia muito rapidamente. Então, quem sabe?”, adicionouO senador Mark Warner, principal democrata na Comissão de Inteligência, afirmou que a justificativa legal para os ataques com barcos, apresentada por autoridades do governo, não incluía justificativa para ataques diretos em território venezuelano.“Nada no parecer jurídico sequer menciona a Venezuela”, disse Warner a repórteres ao sair da reunião de quarta-feira.Alguns especialistas jurídicos afirmam que os ataques podem violar o direito internacional, bem como as leis americanas contra assassinato e as proibições de homicídio.Congressistas de ambos os partidos reclamaram de terem recebido poucas informações, como quem foi morto, provas de tráfico, o custo do reforço militar ou a estratégia de longo prazo do governo para a América Latina.Governo Trump diz ao Congresso não ter justificativa para atacar Venezuela | CNN 360°