Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira (6) em meio à percepção de que a oferta global segue elevada e de que a demanda pode enfraquecer nos próximos meses.O movimento ocorre após novas estimativas indicarem aumento dos estoques nos Estados Unidos e em meio a revisões nas projeções de instituições que veem o mercado entrando em superávit em 2026.O petróleo WTI para dezembro, negociado na Nymex (New York Mercantile Exchange), fechou em queda de 0,29% (US$ 0,17), a US$ 59,43 o barril. Já o Brent para janeiro, negociado na ICE (Intercontinental Exchange de Londres), recuou 0,22% (US$ 0,14), a US$ 63,38 o barril. Leia Mais Ibovespa perde fôlego, mas renova recorde pelo 9º dia seguido; dólar cai Bitcoin tem queda com dados dos EUA, mas se mantém acima de US$ 100 mil Ouro fecha em leve baixa com shutdown e apostas para juros A Oxford Economics lembra que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) deve interromper os aumentos de produção no primeiro trimestre de 2026, após um último acréscimo de 137 mil barris por dia em dezembro.“O grupo tem se mostrado mais preocupado com o excesso de oferta, em linha com nossas expectativas de que o mercado de petróleo caminhe para um superávit nos próximos meses”, disse a consultoria, que projeta o Brent a uma média de US$ 63,60 em 2026.Enquanto isso, a Capital Economics reforça que a decisão do cartel “provavelmente reflete o excesso iminente de petróleo no mercado”, destacando que as exportações marítimas da Rússia seguem fortes apesar das sanções dos Estados Unidos.A instituição prevê pressão baixista persistente, com o Brent em US$ 60 por barril no fim de 2025 e US$ 50 no fim de 2026.Segundo o MUFG, o salto de 5,2 milhões de barris nos estoques de petróleo dos EUA na última semana, o maior desde julho, aumenta o temor de excesso de oferta e adiciona “nova pressão sobre os preços”.Já o ING vê “riscos claros e evidentes de possíveis interrupções nos fluxos de petróleo da Rússia”, mas observa que a força nas margens de refino decorre mais de preocupações com a oferta do que de uma demanda robusta.*Com informações da Dow Jones NewswiresMais da metade dos brasileiros vive no limite do salário, diz pesquisa