Biólogos marinhos da Universidade Griffith, na Austrália, flagraram algo impressionante: peixes-ventosa pegando carona nas costas de uma baleia jubarte ao longo da costa leste australiana.A equipe revelou que a relação entre os animais é mutuamente benéfica… mas a baleia parece não ter gostado muito da companhia.Dr. Olaf Meynecke registrando a baleia jubarte monitorada (Imagem: Universidade Griffith/Reprodução)Peixes-ventosa de carona em baleia jubarteOs peixes-ventosa são, na verdade, rêmoras. Elas ganharam esse nome porque usam suas ventosas para grudar em animais. Nesse caso, a espécie flagrada pelos pesquisadores é a Remora australis, também conhecida como “rêmora-de-baleia”, porque preferem baleias como hospedeiras (mas também já foram vistas em tubarões, raias, golfinhos e tartarugas).A equipe colocou câmeras de sucção para monitorar o comportamento e os padrões de migração das baleias jubarte, e se depararam também com as rêmoras pegando carona.Veja o vídeo:Relação é benéfica…O Dr. Olaf Meynecke, cientista marinho da Universidade Griffith e co-líder do Programa de Pesquisa sobre Baleias e Clima, explicou em comunicado que já era esperado que as rêmoras aparecessem no vídeo, já que elas passam a vida presas nas baleias em busca de carona e de alimento.Isso porque os peixes-ventosa aproveitam a locomoção da baleia para se locomover junto, economizando energia. Além disso, eles se alimentam dos vários organismos que vivem na pele da jubarte.Segundo Meynecke, a relação entre os animais é inofensiva, não parasitária. Inclusive, as rêmoras podem ajudar a remover outros parasitas da pele das baleias, como piolhos-do-mar e crustáceos que tentam se fixar.Remora australis usa suas ventosas para grudar em animais maiores (Imagem: Wikimedia Commons)… mas as baleias jubarte parecem não gostar muitoMesmo com as vantagens da relação, as baleias jubarte podem não gostar da presença das rêmoras:Segundo o pesquisador, em alguns casos, foi possível observar até 50 peixes-ventosa grudados na pele da baleia;Embora a relação seja benéfica, ele relatou que, em várias ocasiões, observou as baleias olhando para as rêmoras, realizando saltos para fora da água e depois voltando a verificar se elas ainda estavam presentes.As câmeras vão ajudar a entender não apenas a vida das baleias jubarte, mas também das rêmoras, incluindo o ciclo de vida delas e seus padrões de comportamento. Isso porque ainda não se sabe se elas descem para a Antártida de ‘carona’ ou por quanto tempo ficam em um mesmo hospedeiro.O post Assista: peixes-ventosa pegam carona nas costas de baleia jubarte apareceu primeiro em Olhar Digital.