Robinho já tinha tido a confirmação de que continuaria preso, uma vez que o Supremo Tribunal Federal (STF) havia formado maioria, na quinta-feira, para negar um recurso que pedia sua soltura. Encerrada a votação, o ex-jogador teve uma derrota de 10 votos a 1.Ele está em regime fechado na Penitenciária de Tremembé desde março de 2024. O ex-atacante foi preso por estupro coletivo cometido na Itália em 2013.Leia tambémJulgamento de Bolsonaro no STF terá 500 jornalistas, telão e público de 3,3 milO julgamento do chamado “Núcleo 1” da suposta trama golpista, que inclui, além de Bolsonaro, figuras-chave de seu governo e das Forças Armadas, começa na próxima terça-feira (2)Defesa de Bolsonaro indica nove advogados para julgamento no STFO grupo será composto pelos advogados Celso Villardi, Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, principais defensores do ex-presidenteRelator do caso, Luis Fux votou pela manutenção da prisão e foi seguido por Alexandre de Moraes, no fim de março. Em abril, Gilmar Mendes pediu vistas do processo e só votou no dia 12 de agosto, pela soltura do ex-jogador.Votaram por manter a prisão os ministros Dias Toffoli, André Mendonça, Cristiano Zanin e Edson Fachin. A soma dos votos foi suficiente para negar o recurso. Depois disso, Luís Roberto Barroso, Carmen Lúcia, Nunes Marques e Flávio Dino também concordaram com Fux.Esta foi a segunda vez em que Gilmar Mendes divergiu sobre o caso na Suprema Corte. Em novembro, quando outro recurso da defesa foi analisado, o ministro se juntou a Dias Toffoli pela liberdade de Robinho. A votação, no entanto, terminou em 9 a 2 pela manutenção da prisão em regime fechado.Nesta votação, Gilmar Mendes argumentou que a lei usada no caso é mais dura do que deveria e não poderia ser aplicada a fatos de 2013. O ministro também defendeu que Robinho não deveria ser preso antes da decisão definitiva no Brasil.Já relator Luis Fux apontou que o uso de um embargo declaratório (recurso julgado em questão) não pode servir para revisão em busca de um entendimento que faça o voto vencido se sobrepor à maioria.Zanin e Nunes Marques também utilizaram da sessão virtual para argumentar. Os ministros apontaram que a lei de migração permite a transferência de pena de Robinho da Itália para o Brasil e que os requisitos foram cumpridos. Eles ainda reiteraram não ter havido erro no julgamento anterior.Quanto à prisão antes de se esgotarem os recursos de Robinho, outro argumento citado por Gilmar Mendes, os demais ministros argumentaram que a condenação na Itália já era definitiva. Lá, a condenação transitou em julgado em 2022. Desta forma, a prisão seria sobre uma pena já consolidada, apenas homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).QUAL É O CRIME PELO QUAL ROBINHO FOI CONDENADO?Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa, na Itália, em 2013, quando atuava pelo Milan. O caso aconteceu em uma boate italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador também estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso. Outros quatro não foram julgados.Na Itália, Robinho tentou recorrer da decisão da Justiça, mas foi condenado nas três instâncias. A última – e definitiva – foi em 2022. Nesta época, ele já tinha retornado ao Brasil. Por conta disso, o Ministério de Justiça da Itália fez um pedido de extradição ao Brasil, ou seja, que o governo enviasse o jogador de volta para a Itália.Como o País não extradita cidadãos brasileiros, a Justiça italiana pediu, então, que a sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil.The post Robinho tem derrota no STF por 10 a 1 em recurso que tentava tirá-lo da cadeia appeared first on InfoMoney.