RJ pede sanções dos EUA ao Comando Vermelho

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A coluna teve acesso a um documento sigiloso enviado pelo governo do Rio de Janeiro que solicita a inclusão do Comando Vermelho (CV) na lista de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC, na sigla em inglês). A iniciativa visa aplicar à facção os mesmos mecanismos legais usados pelos EUA contra organizações criminosas transnacionais.Segundo o documento, o CV é classificado como uma organização terrorista insurgente. “O reconhecimento formal do Comando Vermelho como organização terrorista e/ou transnacional, de acordo com as normas dos EUA, representaria um divisor de águas na segurança hemisférica”.4 imagensFechar modal.1 de 4Secretário de Segurança do governo do RJ, Victor dos SantosAgência Senado2 de 4Comandante da PM do RJ, Marcelo Menezes3 de 4Megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha (RJ)Tercio Teixeira/Metrópoles4 de 4Megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha (RJ)Tercio Teixeira/MetrópolesNa prática, a medida tem como objetivo internacionalizar o combate ao crime organizado no Rio, ampliando a cooperação policial e financeira entre Brasil e EUA.Se a facção e seus membros sofrerem sanções, será possível bloquear bens, contas e ativos em outros países e em instituições financeiras sob jurisdição dos Estados Unidos. Leia também Paulo Cappelli Conselheiro da OAB reage a despacho de Moraes: “Fiscal do Brasil” Paulo Cappelli Bancada do PT não assinou CPI que investigará crime organizado Paulo Cappelli Eduardo Bolsonaro reage a rótulo de “camisa 10 de Lula” Paulo Cappelli Pablo Marçal diz que Bolsonaro “tomaria um cacete do Lula” em 2026 Fluxos financeiros suspeitosA OFAC mantém a chamada lista de Specially Designated Nationals (SDN), que reúne pessoas físicas e jurídicas com transações e bens bloqueados nos Estados Unidos. Empresas e instituições financeiras que mantêm relações com entidades incluídas nessa lista estão sujeitas a sanções severas.A inclusão do Comando Vermelho nesse sistema ampliaria a vigilância sobre os fluxos financeiros da facção, sobretudo em operações de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas com conexões internacionais.Nos últimos meses, a OFAC ganhou destaque no Brasil após incluir autoridades do país em sua lista de sanções. Em julho de 2025, o ministro Alexandre de Moraes (STF) foi alvo das medidas por supostos “graves abusos de direitos humanos”, segundo comunicado do governo americano. Em setembro, a esposa do magistrado, Viviane Barci de Moraes, e o Instituto LEX, empresa ligada a família, também foram sancionados.