Em um movimento marcante para o mercado brasileiro, os índices Ibovespa e IDIV atingiram suas máximas históricas em valores nominais em 3 de novembro de 2025, enquanto o IFIX registrou seu recorde no dia 31 de outubro. Esses números refletem o bom desempenho dos mercados de ações e fundos imobiliários no Brasil, mas a análise em dólares revela uma história mais complexa para investidores estrangeiros.Segundo levantamento da Elos Ayta, o IDIV também registrou máxima histórica em dólares na mesma data de 3 de novembro de 2025, mostrando consistência na performance de ações pagadoras de dividendos, independentemente da moeda.LEIA TAMBÉM: O Money Times liberou, como cortesia, as principais recomendações de investimento feitas por corretoras e bancos — veja como acessarJá o Ibovespa, apesar de atingir 150.454,24 pontos em reais em 3 de novembro, ainda se encontra -36,97% abaixo do seu recorde histórico em dólares, alcançado em 19 de maio de 2008, quando fechou a 44.616,04 pontos. Para atingir novamente o patamar de 2008 em dólares, o índice precisaria se valorizar cerca de 58,66%, evidenciando um espaço significativo para crescimento aos olhos do investidor estrangeiro.O IFIX, por sua vez, alcançou 3.591,47 pontos em reais em 31 de outubro de 2025, mas em dólares permanece 18,28% abaixo do máximo histórico de 8 de março de 2013, quando atingiu 812,38 pontos. Para voltar a esse nível, o índice imobiliário precisaria de uma valorização de 22,36% em dólares, sinalizando fôlego para novos movimentos de alta, especialmente para investidores que consideram o risco cambial.ReflexãoA diferença entre máximos nominais e máximos em dólares ressalta a importância de analisar os índices sob ambas perspectivas. Enquanto o desempenho nominal indica a força do mercado interno e sua capacidade de gerar retornos em reais, a análise em dólares revela o impacto da variação cambial e como o mercado brasileiro ainda pode crescer em termos globais. Para o investidor estrangeiro, esse gap representa oportunidade potencial, mas também exige atenção ao risco cambial.A análise reforça que, embora os índices brasileiros estejam batendo recordes nominais, a comparação em dólares é essencial para entender o real potencial de valorização e a atratividade para investidores internacionais. Em um cenário de volatilidade cambial, essas métricas fornecem uma visão mais completa do desempenho do mercado brasileiro e das oportunidades futuras.