Brasil tenta extraditar “mestre das armas”, preso na Argentina

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No meio de uma disputa judicial entre Brasil e Argentina há quase dois anos, o argentino Diego Hernan Dirísio, o “mestre das armas” é apontado como o maior contrabandista de armamentos da América do Sul, segundo a Polícia Federal (PF), que quer trazê-lo para o Brasil. Leia também Paulo Cappelli RJ pede sanções dos EUA ao Comando Vermelho Paulo Cappelli Comando Vermelho expandiu após STF limitar operações, diz chefe da PM São Paulo Como o Comando Vermelho montou QG do lado paulista da fronteira com RJ Paulo Cappelli Comando Vermelho usou tática militar e de guerrilha, diz chefe da PM O contrabandista está preso desde 2 de fevereiro de 2024. Ele foi detido junto com sua esposa, Julieta Vanessa Nardi Aranda, na Argentina. Dirisio é suspeito de ter vendido milhares de armas para as duas principais facções criminosas brasileiras, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), a partir de sua importadora de armamentos no Paraguai.5 imagensFechar modal.1 de 5Diego e Julieta: casal é suspeito de chefiar esquema de tráfico de armasReprodução2 de 5Polícia Federal investigou Diego Hernan Dirisio e Julieta Vanessa Nardi ArandaReprodução3 de 5Casal é suspeito de traficar armas para o PCC e CVReprodução4 de 5Hernan Diego é alvo de operação do MPF da BahiaReprodução5 de 5Diego Hernan Dirísio é suspeito de traficar armas para facçõesPolícia InternacionalEle e a esposa, Julieta Vanessa Nardi Aranda, de 41 anos, foram alvo de mandados de prisão e busca, no contexto da Operação Dakovo, da Polícia Federal (PF), em 5 de dezembro de 2023.Após a prisão do casal na Argentina, a Justiça Federal da Bahia pediu a extradição dos criminosos, para que cumprissem a pena no Brasil. Desde então o processo está pendente de análise na Suprema Corte da Argentina.A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia designou para o dia 25 de novembro de 2025 uma audiência de instrução com o casal de forma on-line. O encontro virtual visa realizar a oitiva arrolada pelo MPF e interrogatório dos réus.A defesa dos criminoso alega que a audiência afronta os princípios da soberania nacional, alegando a afronta aos princípios da soberania nacional, da jurisdição estrangeira e do devido processo legal, em razão da pendência do processo de extradição junto à Suprema Corte Argentina e da negativa expressa das autoridades daquele país quanto ao cumprimento da carta rogatória anterior.Quem éAlvo de operação da PF em 2023, o argentino movimentou em torno de R$ 1,2 bilhão durante três anos no mercado ilegal de contrabando de armas.Segundo as investigações, Dirísio é dono de uma empresa com sede no Paraguai que compra armas do leste europeu e consegue repassar esse armamento para criminosos através de um esquema que envolve empresas de fachada.O início dessa investigação começou em março de 2020, quando uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu um carregamento de armas, carregadores e crack em uma carreta na rodovia BR-116, em Vitória da Conquista (BA).Na época, um casal estava carregando 34 armas tchecas e duas croatas em uma carreta da marca Iveco. Chamaram a atenção a quantidade de armas e a nacionalidade do produto. O caso passou a ser investigado pelo MPF.