Maicol Sales do Santos, acusado de matar Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, São Paulo será julgado por Júri Popular. A decisão foi tomada pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) na última quinta-feira (30). Maicol é réu por feminicídio, sequestro qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. Ele foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo no dia 29 de abril. O crime ocorreu no dia 5 de março, após Vitória ficar nove dias desaparecida e ser encontrada em uma área de mata. Leia Mais Boliviana é morta dentro de motel em São Paulo; homem foge após ataque Subsecretária do Rio defende 'tolerância zero' contra feminicídio RS: Suspeito de esquartejar namorada e espalhar partes do corpo é indiciado Caso Vitória: Maicol dos Santos diz em entrevista que confissão foi armada | CNN NOVO DIA Em março, a CNN divulgou um vídeo em que Maicol confessava o crime. Na ocasião, ele alegou não saber que Vitória era menor de idade e que ela o ameaçava. Segundo depoimento na época, ambos tiveram um breve envolvimento há cerca de um ano, e Vitória ameaçava contar sobre o caso para a esposa do acusado.Mas, um junho o acusado alegou que sua confissão foi forçada. A defesa alegou irregularidades na obtenção dessa confissão.O TJSP a confissão de Maicol em sua última decisão.Relembre o casoA jovem Vitória Regina de Sousa desapareceu em 26 de fevereiro. Seu corpo foi encontrado em 5 de março em uma área de mata em Cajamar, Grande São Paulo. O corpo estava em estado avançado de decomposição, sem roupas, com a cabeça raspada e apresentava sinais de violência.O exame de necropsia revelou que a causa da morte foi hemorragia traumática, resultado de golpes de faca. Um laudo apontou três facadas.A polícia descreve o autor do crime como uma pessoa obcecada por Vitória. Fotos de Vitória e outras jovens foram encontradas no celular do suspeito. A perícia identificou em mensagens e no depoimento em que confessa o crime, que ele demonstrou preocupação com relatos de seu carro ter sido visto perto do local do crime.A polícia científica identificou sangue, que pode ser compatível com o DNA de Vitória, no carro e casa do suspeito. Testemunhas corroboraram as suspeitas após relatarem movimentação fora do comum, na casa de Maicol, na noite do desaparecimento da vítima.*Sob supervisão de Thiago Félix