Dólar cai a R$ 5,35 na expectativa por decisão sobre Selic

Wait 5 sec.

O dólar iniciou outubro em modo de espera pela decisão de política monetária no Brasil, em meio a dados de indústria local e no exterior. Nesta segunda-feira (3), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,3574, com baixa de 0,43%.  new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "3b0362d"} ); O movimento destoou tendência externa. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava com alta de 0,07%, aos 99,869 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?A expectativa pela decisão de política monetária do Brasil movimentaram o mercado de câmbio. Na próxima quarta-feira (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano.Para a XP, o Banco Central (BC) “não tem motivo para pressa”. “O Copom recebeu boas notícias sobre a inflação de curto prazo desde a última reunião, mas entendemos que há motivos para a manutenção de uma postura cautelosa”, escreveu a equipe de economistas em relatório divulgado nesta segunda-feira (3).As expectativas de inflação também tiveram reflexo nas operações. No Boletim Focus, os economistas consultados pelo BC reduziram as projeções para a inflação de 2025 pela sexta semana consecutiva.Agora a estimativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre este ano a 4,55%, ante a projeção de 4,56% da semana anterior. A nova projeção se aproxima do intervalo de tolerância da meta perseguida pela autarquia, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.Os dados ficaram em segundo plano. Em destaque, a contração da atividade industrial no Brasil perdeu força em outubro. O Índice de Gerentes de Compras (PMI) para a indústria brasileira, compilado pela S&P Global, subiu a 48,2 em outubro de 46,5 em setembro, seguindo abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração pelo sexto mês seguido.Juros nos EUANo exterior, a política monetária seguiu sob os holofotes dos investidores, principalmente sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que não tem pressa em cortar os juros novamente, com a inflação ainda muito acima da meta de 2% do banco central.“Não estou decidido em relação à reunião de dezembro” e “meu limite para cortes é um pouco mais alto do que nas duas últimas reuniões”, afirmou Goolsbee em uma entrevista ao Yahoo Finance. “Estou nervoso com o lado da inflação, que está acima da meta há quatro anos e meio e está tendendo para o lado errado”, ele acrescentou.Já o diretor do Fed Stephen Miran afirmou que é errado dar muita ênfase à força dos mercados de ações e de crédito corporativo ao avaliar a política monetária que, segundo ele, continua muito restritiva e está aumentando o risco de uma desaceleração.“Os mercados financeiros são impulsionados por muitas coisas, não apenas pela política monetária”, disse Miran no programa de televisão Bloomberg Surveillance. Na semana passada, ele foi um dos votos dissidentes — optando pela redução de 0,50 ponto percentual.Na última quarta-feira (29), o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed — equivalente ao Comitê de Política Monetária (Copom) brasileiro — cortou os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4% ao ano, como esperado pelo mercado, e em decisão não unânime.O presidente do Fed, Jerome Powell, porém, adotou um tom conservador (hawkish) e sinalizou que o ciclo de afrouxamento monetário, iniciado em setembro, pode ser pausado na próxima reunião do Fomc, em dezembro.*Com informações de Reuters