Hamas acusa Israel de novos ataques e chama Netanyahu de mentiroso

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O grupo palestino Hamas acusou, neste sábado (4/10), o Exército de Israel de continuar os ataques à Cidade de Gaza, apesar do apelo de Donald Trump por cessar-fogo e das negociações de paz em andamento. Em comunicado, o movimento chamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “mentiroso” e afirmou que as forças israelenses seguem promovendo “massacres horríveis” contra civis.“Os bombardeios e massacres contínuos da ocupação expõem as mentiras de Netanyahu sobre a redução das operações militares contra civis”, declarou o Hamas em nota oficial.“Desde esta manhã, os ataques aéreos e bombardeios bárbaros mataram 70 pessoas, incluindo crianças e mulheres. Esta escalada sangrenta expõe as mentiras das alegações do governo do criminoso de guerra Netanyahu sobre a redução das operações militares contra civis indefesos”, acrescentou o comunicado.Ofensiva em Gaza continuaO Exército de Israel confirmou neste sábado que continua sua ofensiva na Cidade de Gaza. A ação vai de encontro à fala de Netanyahu, que havia anunciado, na véspera, o início da primeira fase do plano de paz proposto por Washington.O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), coronel Avichay Adraee, afirmou que as tropas seguem operando na região e alertou civis sobre o risco extremo de retornar à cidade.Hospitais locais relataram que ao menos 70 pessoas morreram nas últimas 12 horas em decorrência de bombardeios israelenses. As mortes foram registradas nos hospitais Al-Ahli, Al-Shifa, Al-Awda e Nasser, todos na Cidade de Gaza. Leia também Mundo Entenda os pontos do plano de paz proposto por Trump para Gaza Mundo Netanyahu cobra Hamas por libertação de reféns “nos próximos dias” Mundo Hamas e Israel se deslocam ao Egito para iniciar diálogos sobre reféns Mundo Trump alerta Hamas sobre plano de paz: “Não vou tolerar atrasos” Negociações e plano de paz norte-americanoApesar da continuidade dos bombardeios, as delegações de Hamas e Israel devem se reunir neste domingo (5/10) e na segunda-feira (6/10), no Cairo, para discutir a libertação dos reféns mantidos em Gaza e a troca de prisioneiros palestinos.Segundo o canal egípcio Al-Qahera News, “as duas delegações começaram a se deslocar para iniciar diálogos no Cairo, amanhã [domingo] e depois de amanhã [segunda], para debater a organização das condições no terreno para a troca de todos os detidos e presos, segundo a proposta do presidente norte-americano, Donald Trump”.O plano de paz proposto por Trump prevê, em sua primeira fase, o cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns — vivos ou mortos — em até 72 horas após a aceitação do acordo. Em troca, Israel se comprometeria a interromper temporariamente os ataques e permitir o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza.Nessa sexta-feira (3/10), o Hamas declarou estar pronto para iniciar as negociações “imediatamente” e confirmou a aceitação de dois dos 20 pontos do plano. O grupo, porém, afirmou que deseja discutir os demais 18 tópicos, que tratam do futuro político e militar de Gaza.Netanyahu fala em desarmamento do HamasMais cedo, Benjamin Netanyahu afirmou esperar a libertação de todos os reféns “nos próximos dias” e reforçou que Israel não tolerará atrasos por parte do Hamas, repetindo a mensagem publicada horas antes por Donald Trump.“Israel está concedendo vários dias para negociar a libertação de todos os reféns em Gaza e não tolerará atrasos”, declarou o premier.Netanyahu também afirmou que, após a libertação dos reféns, Israel buscará o desarmamento do Hamas e a desmilitarização de Gaza, “seja de forma diplomática ou militar”.7 imagensFechar modal.1 de 7O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu Taylor Hill/Getty Images2 de 7O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa na Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA) na sede das Nações Unidas Michael M. Santiago/Getty Images3 de 7O primeiro-ministro israelense, Benjamin NetanyahuReprodução/ONU4 de 7Donald Trump e Benjamin Netanyahu selam plano de paz em GazaWin McNamee/Getty Images5 de 7Mahmoud Issa/SOPA Images/LightRocket via Getty Images6 de 7Os corpos da família Bibas (três membros) e Oded Lifshitz são entregues às equipes da Cruz Vermelha no cemitério municipal de Bani Suheila7 de 7Membros das Brigadas Al-QassamReprodução