O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), determinou que a Secretaria da Fazenda (Sefaz) cancele, de forma cautelar, a inscrição estadual de todos os estabelecimentos flagrados vendendo bebidas falsificadas, adulteradas ou sem nota fiscal.A decisão, anunciada nesta sexta-feira (3/10), ocorre em meio à explosão de casos de intoxicação por metanol. Até o momento, o estado registrou 102 casos, dos quais 11 são confirmados. Nove pessoas morreram, sendo um óbito confirmado por envenenamento pela substância, e oito em investigação.“Em São Paulo, faremos tudo para proteger a saúde, fazer cumprir a lei e garantir segurança ao consumidor”, disse o governador.12 imagensFechar modal.1 de 12Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles2 de 12Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles3 de 12Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles4 de 12Estabelecimento nos Jardins é interditado pelas autoridades sanitárias após caso de intoxicação de bebidas com metanolWilliam Cardoso/Metrópoles5 de 12Torres Bar, na MoccaGoogle Maps/Reprodução6 de 127 de 12Villa Jardim, em São Bernardo do CampoGoogle Maps/Reprodução8 de 129 de 1210 de 12Bar Beco do Espeto, no Itaim BibiEnzo Marcus/Metrópoles11 de 1212 de 12Nove estabelecimentos são fechados em SPEm meio ao aumento de intoxicações por bebidas contendo metanol, o governo de São Paulo já interditou nove estabelecimentos suspeitos de comercializar produtos adulterados, segundo último balanço da Secretaria do Estado da Saúde (SES), publicado na tarde dessa quinta-feira (2/10).Fechados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal, os bares e distribuidoras estão localizados nos bairros Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca, e M’Boi Mirim, na capital, e nas cidades de Osasco, São Bernardo do Campo e Barueri, na Grande São Paulo.A ação faz parte do comitê de crise aberto pelo governo estadual, que interdita estabelecimentos com base em ocorrências de suposta venda de bebidas adulteradas.Três dias após a criação do comitê, cinco inquéritos policiais foram instaurados para ajudar nas investigações. O governo estadual afirma que três departamentos da Polícia Civil estão envolvidos e que 24 prisões relacionadas ao crime já foram realizadas em 2025.Veja números da intoxicação por Metanol em SP:Casos (52)1 morte confirmada;5 mortes sob investigação (sem contar confirmada);11 casos confirmados por intoxicação por metanol em bebida adulterada;41 casos em investigação de intoxicação por metanol (sem contar confirmados);Estabelecimentos interditados9 estabelecimentos interditados cautelarmente pelas Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal.Capital: Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins, Mooca e M’Boi MirimGrande SP: Osasco (2) São Bernardo do Campo (1) e Barueri (1)Intoxicação por metanolAltamente inflamável e tóxico à saúde humana, o metanol, também conhecido como álcool metílico, é incolor e inflamável, com cheiro semelhante ao da bebida alcoólica comum. Utilizado na formulação de tintas, combustíveis e adesivos, o composto também aparece, em pequenas quantidades, no processo de fermentação de frutas e vegetais.Se consumido em grande quantidade, o composto químico pode causar cegueira e até ser letal. Por isso, segundo regulamentação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o limite permitido de metanol em destilados, em geral, é de 20 miligramas a cada 100 mililitros. Isso equivale, aproximadamente, a algumas gotas.Sem o uso da dose correta, no entanto, o composto é altamente tóxico à saúde humana. Em meio a uma série de intoxicações pelo consumo de bebidas adulteradas com metanol em São Paulo, até essa quinta-feira (2/10), foram registradas 52 notificações de casos suspeitos. Do total, 11 já foram confirmados.Há também seis óbitos associados ao metanol no estado até o momento: um confirmado e cinco em investigação. No país, outras sete mortes seguem em investigação, conforme informou o Ministério da Saúde (MS).