Japonesa Daiichi-Sankyo fornecerá ao Brasil antídoto “moderno” para metanol

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A empresa japonesa Daiichi-Sankyo será a primeira fornecedorá de fomepizol — antídoto à intoxicação por metanol, considerado mais moderno que o etanol farmacêutico — ao Brasil em meio à crise envolvendo a ingestão da substância.O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou neste sábado (4) a aquisição de 2.500 ampolas de fomepizol de uma produtora japonesa. Segundo apuração da CNN, a fornecedora será a empresa sediada em Tóquio, de mais de 100 anos de atuação internacional, especialmente nas áreas oncologia, de doenças cardiovasculares e inovação farmacêutica. Leia Mais Setor químico aposta em novo programa para recuperar competitividade Metanol: "Neste momento evite ingerir bebidas destiladas”, diz ministro Intoxicação por Metanol: sobe para 127 o número de casos notificados No Brasil, apenas o etanol farmacêutico está disponível para uso. Já o fomepizol não possui registro sanitário, tornando necessária a busca por fornecedores em outros países para atender à demanda do SUS (Sistema Único de Saúde).Assim, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um edital de chamamento internacional para a aquisição de fomepizol, em ampolas de 1,5 ml e concentração de 1.000mg/ml.O fomepizol é considerado mais moderno que o etanol farmacêutico no tratamento da intoxicação por metanol porque foi desenvolvido especificamente para esse fim.O fármaco inibe diretamente a enzima álcool desidrogenasse, responsável por converter o metanol em metabólitos tóxicos, sem causar os efeitos colaterais comuns do etanol, como sedação e hipoglicemia.Padilha explicou que o governo já acionou a OPAS (Organização Panamericana de Saúde) para contatar produtores internacionais. Até agora foram acionadas 10 agências de 10 países diferentes, além de sete empresas privadas.