A Braskem (BRKM5) informou nesta sexta-feira (3) que realizou o saque de US$ 1 bilhão de sua linha de crédito “stand-by”. Com a operação, a companhia encerrou setembro com um caixa disponível preliminar de US$ 2,3 bilhões, considerando a posição registrada em 30 de setembro de 2025.Segundo a petroquímica, a medida está alinhada à estratégia de gestão de caixa conservadora, em um momento marcado por um ciclo prolongado de baixa no setor químico.SAIBA MAIS: Saiba como buscar receber renda extra mensal com a carteira Double Income, da Empiricus Research; libere gratuitamenteA empresa destacou que segue focada na implementação de iniciativas de resiliência e transformação, buscando mitigar os impactos desse cenário e fortalecer a competitividade da indústria química brasileira.Fragilidade da BraskemO anúncio acontece em um momento em que parte do mercado teme que a petroquímica opte no curto ou médio prazo por uma recuperação judicial (RJ) ou por uma recuperação extrajudicial (RE), depois de a empresa ter contratado assessores para ajudar na reestruturação do seu capital.A Braskem fechou o segundo trimestre de 2025 (2T25) com uma dívida líquida de US$ 6,8 bilhões e um múltiplo de alavancagem, medida pela sua relação com o Ebtida (Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), de 10,59x. Apenas entre abril e junho, a empresa queimou R$ 1,4 bilhão em caixa.A petroquímica chegou à situação atual após quase nove anos de problemas combinando questões operacionais, financeiras e ambientais. O ponto de partida foi o afundamento do solo em Maceió, que gerou um passivo ambiental bilionário e exigiu um acordo complexo com autoridades e moradores da região.