Plano de reestruturação dos Correios prevê demissões e fechamento de agências

Wait 5 sec.

A diretoria dos Correios apresentou hoje (29) um plano de reestruturação que objetiva reverter os prejuízos acumulados pela estatal durante os últimos 12 trimestres. Entre as medidas, estão a redução de gastos com pessoal, o fechamento de aproximadamente 1 mil agências em todo o Brasil e a venda de imóveis.O plano também inclui a solicitação de empréstimo de R$ 12 bilhões junto a cinco bancos, dos quais R$ 10 bilhões devem estar disponíveis até a próxima quarta-feira (31). A ideia é iniciar a recuperação financeira da empresa a partir de 2026, voltando a dar lucro no ano seguinte.Redução de despesas e aumento de receitasPlanejando economizar em torno de R$ 2 bilhões nas despesas com pessoal, os Correios devem anunciar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) que pode atingir até 15 mil funcionários. Neste tipo de solução, a empresa oferece um pacote de benefícios para que o contratado entre em acordo sobre a sua saída.O PDV pode resultar em 10 mil desligamentos em 2026 e 5 mil em 2027, gerando corte de 18% na folha de pagamentos;Para a redução de despesas, também foi incluído o fechamento de 1 mil unidades de atendimento da estatal em todo o território nacional, com foco nas agências que dão prejuízo;Já a venda de imóveis não operacionais pode render cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres da companhia;Outra medida incluída no plano de reestruturação dos Correios é a reformulação do plano de saúde dos funcionários, com a redução de R$ 500 milhões anuais.Trabalhadores dos Correios entraram em greve perto do Natal, em alguns estados. (Imagem: Leila Melhado/Getty Images)Na tentativa de alavancar as receitas, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) vai buscar novas estratégias, como a ampliação de parcerias com o setor privado. Afetado pelo programa Remessa Conforme, o faturamento da estatal tem apresentado queda desde 2024.Quanto ao empréstimo fornecido por Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, a ideia é usar a quantia para quitar dívidas e trazer alívio ao caixa, diante da falta de recursos. Com garantia da União e carência de três anos, o acordo tem validade até 2040.Vale lembrar que trabalhadores da ECT estão em greve desde o último dia 16, movimento que ganhou força às vésperas do Natal. Nesta segunda-feira (29), uma nova rodada de negociação está prevista para resolver as divergências entre a estatal e os funcionários.Curtiu o conteúdo? Leia mais notícias no TecMundo e interaja com a gente nas redes sociais.