O presidente Donald Trump disse ter tido uma reunião produtiva com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em declarações a jornalistas nesta segunda-feira (29), mas reconheceu que, apesar de haver “pouca diferença” entre os dois líderes, eles divergem sobre como lidar com a violência de colonos na Cisjordânia.“Temos tido uma discussão — uma grande discussão — há muito tempo sobre a Cisjordânia, e eu não diria que concordamos 100% sobre a Cisjordânia, mas vamos chegar a uma conclusão sobre o assunto”, disse Trump à CNN.Questionado sobre quais áreas de discordância ainda permanecem, Trump afirmou à CNN: “Não quero entrar nisso. Isso será anunciado no momento apropriado, mas ele fará a coisa certa”. Leia Mais Trump reage a suposto ataque da Ucrânia à casa de Putin: "Não é bom" Avalanche em montanhas na Espanha deixa três mortos e um ferido Trump diz apoiar ataque ao Irã se país seguir com desenvolvimento nuclear O impasse da situação na CisjordâniaA Cisjordânia, que fica a oeste do rio Jordão, entre Israel e a Jordânia, está sob ocupação militar israelense desde 1967 e abriga mais de 3,3 milhões de palestinos.Enquanto a guerra em Gaza se intensificava, a Cisjordânia registrou uma forte escalada das operações militares israelenses, números recordes de demolições de casas palestinas e uma expansão sem precedentes de assentamentos judeus, em meio a uma liderança palestina marcada por acusações de corrupção e decisões paralisadas.Em setembro, Trump afirmou que não permitiria que Israel anexasse a Cisjordânia. Essas declarações sinalizaram alinhamento com muitos países ocidentais e árabes, que alertam que qualquer anexação israelense do território acabaria, na prática, com a ideia de um Estado palestino.