Donald Trump recebeu o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu para discutir o avanço do plano de cessar-fogo para o conflito entre Hamas e Israel na Faixa de Gaza. Durante o encontro, Trump aproveitou para enviar um alerta direto ao Irã, afirmando que o país persa poderá sofrer novos ataques caso retome seu programa nuclear.No WW, Vitelio Brustolin, pesquisador de Harvard e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Carlos Frederico Coelho, professor de Relações Internacionais da PUC-Rio e da Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército), debatem as estratégias do presidente dos EUA para definir o papel do país na ordem mundial.O americano disse que quer avançar rapidamente para a segunda fase do plano de paz desenhado pelo seu governo para Gaza, mas ponderou que antes é necessário o desarmamento do Hamas. Este ponto, juntamente com a saída das forças israelenses do território, constitui um dos principais entraves para o progresso nas negociações. O Hamas exige a criação de um Estado palestino, proposta que o governo israelense considera inaceitável. Leia Mais Especialista: Países menores estão se armando cada vez mais Pentágono anuncia contrato de US$ 8,6 bilhões para jatos F-15 para Israel Xamãs peruanos preveem queda de Maduro e doença de Trump para 2026 Redefinição do papel americano no cenário internacionalSegundo Carlos Frederico Coelho, o que se observa é uma reorientação do papel dos Estados Unidos no sistema internacional. “É um país que nesse momento abandona qualquer gestão da ordem global e não tem nenhum constrangimento em instrumentalizar o que for, sejam organizações internacionais ou sejam ataques militares de curta duração, se enxergar que isso é favorável aos seus interesses”, explicou.Vitelio Brustolin, pesquisador de Harvard e professor da UFF, destacou o caráter mercantilista da estratégia de Trump: “Existe claramente um mercantilismo, uma relação mercantilista de tirar proveito no curto prazo das relações geopolíticas dos Estados Unidos”. Brustolin mencionou que Trump tem cobrado valores expressivos de aliados para prover defesa, como 550 bilhões de dólares do Japão e 350 bilhões da Coreia do Sul.Ações militares pontuais e conflitos globaisDurante o encontro com Netanyahu, Trump também informou que os Estados Unidos atacaram, na semana passada, uma área na Venezuela que supostamente serviria para carregamento de barcos com drogas. O americano não ofereceu mais detalhes sobre a operação, e o governo venezuelano não emitiu comentários sobre o assunto.Trump ainda mencionou uma suposta tentativa de ataque ucraniano com drones contra uma residência do presidente russo Vladimir Putin nos arredores de Moscou. O americano conversou com Putin sobre o incidente e se limitou a dizer que tal relato “não seria algo bom”. O ataque teria sido interceptado pelas forças russas.A Rússia afirmou que os supostos ataques não ficarão sem resposta e que a ação fará o Kremlin revisar as conversas com a Ucrânia. No último domingo, Trump havia recebido Volodymyr Zelensky e afirmado estar cada vez mais perto de um acordo para a paz, embora ainda existam “questões territoriais espinhosas pendentes”.Essa instabilidade, segundo os especialistas, tem provocado uma corrida armamentista preocupante. Países menores estão buscando se armar, inclusive cogitando a possibilidade do armamento nuclear. “A Polônia vem aventando essa possibilidade, o Japão já fala nisso, a Coreia do Sul, a Alemanha, que tem um parque industrial avançado e poderia ser nuclear em poucas semanas”, alertou Brustolin, acrescentando que “a China está numa corrida armamentista nuclear, tinha 350 ogivas, está com 600, quer chegar a 1.500”. Os textos gerados por inteligência artificial na CNN Brasil são feitos com base nos cortes de vídeos dos jornais de sua programação. Todas as informações são apuradas e checadas por jornalistas. O texto final também passa pela revisão da equipe de jornalismo da CNN. Clique aqui para saber mais.