A responsabilidade de gerir orçamentos e mediar conflitos tem transformado a figura do síndico, elevando o reconhecimento do cargo e a sua profissionalização, mas com a remuneração permanecendo altamente variada. A média salarial nacional do gestor atingiu R$ 1.520, segundo o Censo Condominial 2025/26, estudo que utiliza a base de clientes da plataforma de tecnologias para gestão uCondo e dados de órgãos como o IBGE e a Receita Federal. De acordo com o estudo, que ouviu 1.353 condomínios nas regiões mais urbanizadas do país, a realidade da remuneração da profissão segue mista: desde o síndico morador, que muitas vezes recebe apenas isenção da taxa ou um pró-labore simbólico, até o síndico profissional, cujo mercado está em plena expansão.Leia também: Recarga de carros no condomínio: 5 pontos para evitar brigas e organizar custosA localização geográfica também alimenta a variação dos pagamentos, com picos de remuneração em estados onde a gestão técnica se tornou mais indispensável. Apesar de deter as maiores forças econômicas e densidade urbana, a região Sudeste tem a menor remuneração média entre o grupo (que considera também as regiões Sul e Nordeste): R$ 1.371, inclusive abaixo da média nacional. O Rio de Janeiro lidera a região, com uma remuneração média de R$ 2.115 – bastante superior às médias paulista (R$ 1.311), mineira (R$ 1.189) e capixaba (R$ 1.205).Na região Sul o salário médio ficou em R$ 1.427, com Santa Catarina anotando um dos maiores pagamentos médios: R$ 1.923, reflexo da demanda por condomínios de alto padrão. Em seguida vem o Paraná, com média de R$ 1.469, e o Rio Grande do Sul, com uma média de R$ 1.286 – onde apresenta um cenário estável, em que a gestão ainda é,em muitos casos, exercida por síndicos moradores. O Nordeste tem a maior média regional de R$ 1.663, superando a nacional, mostrando uma valorização crescente da função, especialmente nos estados onde a profissionalização da gestão condominial vem ganhando força, segundo a pesquisa. A média nordestina é impulsionada pelo Maranhão, que ostenta o maior pagamento médio do país: R$ 2.445. Outros estados da região, como Bahia (R$ 2.381) e Rio Grande do Norte (R$ 2.243), também reforçam a tendência de alta na remuneração. Alagoas também se sobressai, com média de R$ 2.177, enquanto Ceará (R$ 1.790) e Piauí (R$ 1.754) mantêm valores intermediários, representando mercados em consolidação. Já Pernambuco (R$ 1.663) e Paraíba (R$ 1.003) apresentam médias mais modestas, reflexo de uma predominância maior de síndicos moradores e condomínios de pequeno porte.O mercado formalPara quem busca a formalidade, o mercado CLT oferece cifras mais robustas em comparação com os demais: a média salarial para contratos assinados é de R$ 2.977,58, podendo chegar a um teto de R$ 5.452,55 dependendo da experiência e do porte do edifício, segundo dados do CAGED. E quem é o síndico?O estudo traça um perfil predominante no mercado formal: homens, com média de 37 anos e ensino médio completo.The post Remuneração e reconhecimento em alta: quanto ganha um síndico? Confira appeared first on InfoMoney.