Procon-SP multa WePink em R$ 1,5 mi por falhas e falta de transparência

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O Procon-SP (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor) multou a WePink – marca de cosméticos da influenciadora Virgínia Fonseca – em R$ 1,5 milhão por falhas na entrega e falta de transparência no site.De acordo com o órgão, a empresa foi multada por não entregar produtos no prazo, dificultar o estorno de valores devidos a consumidores e descumprir regras do comércio eletrônico.Segundo os registros encontrados pela equipe de fiscalização, em alguns casos, a WePink não enviou a totalidade dos produtos comprados. Leia Mais WePink: empresa de Virgínia deverá pagar R$ 5 milhões por danos morais Justiça proíbe novas 'lives' de vendas da WePink, loja de Virginia Fonseca "Implorando para receber": veja reclamações contra WePink, loja de Virginia O Procon-SP também constatou que a empresa não prestou o serviço adequado no pós-venda. Aos consumidores que tentaram exercer o “direito de arrependimento” dentro do prazo legal, a Wepink não respondeu as solicitações.No início de dezembro, a marca também deixou de informar dados obrigatórios para o comércio eletrônico como o endereço físico e e-mail para contato.O órgão reforçou que a empresa tem direito à defesa e orientou os consumidores que continuarem enfrentando dificuldades a formalizar reclamações no Procon-SP ou no órgão de defesa do consumidor de cidade ou estado correspondentes.A CNN tentou contato com a assessoria da Wepink, mas não obteve respostas até então. O espaço segue em aberto.ReclamaçõesA marca acumulou mais de 90 mil reclamações registradas no site Reclame Aqui somente em 2024, com clientes relatando sistemática falta de entrega, descumprimento de prazos com atrasos de até sete meses e resistência em devolver valores pagos.Ações na justiça e investigaçãoAs demandas judiciais demonstram o cenário de “completo descaso da empresa”, segundo relatos em processos aos quais a CNN teve acesso.Em outubro de 2025, a marca foi alvo de uma ação civil pública movida pelo MPGO (Ministério Público de Goiás), por práticas abusivas contra os consumidores.O MPGO alega que a WePink vendeu produtos sem estoque suficiente e utilizou flash sales para criar urgência, explorando a vulnerabilidade dos consumidores. O órgão exigiu a suspensão das lives promocionais e uma indenização de R$ 5 milhões por dano moral coletivo.