A Receita Federal publicou uma norma que inclui criptoativos, como Bitcoin, no regime de intercâmbio automático de informações financeiras com administrações tributárias de outros países, ampliando de forma relevante a cooperação internacional na fiscalização de operações com ativos digitais.A medida está prevista na Instrução Normativa RFB nº 2.298/2025, que altera regras de identificação de contas financeiras para incorporar moedas eletrônicas, moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e criptoativos ao escopo de reporte, alinhando o país ao padrão internacional do Crypto-Asset Reporting Framework (CARF), desenvolvido pela OCDE.A norma entra em vigor em 1º de janeiro de 2026, com o intercâmbio efetivo de dados previsto para ocorrer a partir de 2027.Leia também: Receita Federal divulga novas regras de reporte de criptomoedas; veja o que mudaCom a atualização, instituições financeiras e prestadores de serviços de criptoativos passam a ter obrigações semelhantes às já existentes para produtos financeiros tradicionais. Exchanges, custodiantes e outras plataformas que administrem criptoativos em nome de clientes deverão identificar os titulares das contas e reportar informações detalhadas sobre saldos e transações à Receita Federal, inclusive quando essas operações envolverem plataformas sediadas no exterior, desde que prestem serviços a residentes no Brasil.A nova regra atualiza a Instrução Normativa RFB nº 1.680/2016, que trata do intercâmbio automático de informações financeiras no âmbito do Common Reporting Standard (CRS), passando a incluir explicitamente os ativos digitais nesse mecanismo de cooperação internacional.A expectativa da Receita é reduzir lacunas históricas na fiscalização de operações com criptomoedas, especialmente aquelas realizadas fora do sistema financeiro tradicional, fortalecendo o combate à evasão fiscal e à lavagem de dinheiro.Leia também: Retrospectiva 2025: regulação das criptomoedas se torna realidade no BrasilA inclusão dos criptoativos no intercâmbio internacional de dados se soma a outras mudanças promovidas pelo órgão ao longo de 2025. Em novembro, a Receita Federal instituiu a Declaração de Criptoativos (DeCripto), um novo modelo de prestação mensal de informações por meio do e-CAC, que substituirá o sistema anterior e ampliará o detalhamento exigido sobre operações com ativos digitais. Esse novo modelo também está alinhado ao CARF da OCDE e deve passar a ser obrigatório a partir de julho de 2026.Com esse conjunto de medidas, o Brasil avança na modernização do seu arcabouço regulatório para ativos digitais, aproximando-se dos padrões adotados por outras grandes economias e reduzindo brechas que historicamente permitiam menor transparência em transações com criptoativos, especialmente no ambiente internacional.Procurando uma alternativa para aumentar seus ganhos? A Renda Fixa Digital do MB é a solução: até 18% de ganho ao ano, risco controlado e a segurança que seu dinheiro merece. Conheça agora!O post Receita Federal amplia fiscalização e passa a compartilhar dados de criptomoedas com outros países apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.