Um casal foi vítima de racismo na segunda-feira (29), em Belo Horizonte (MG). Eneida Aparecida Gusmão Bouças, 43, e Fabio dos Santos Bouças, 51, foram visitar o filho, que reside em um apartamento no edifício em que o caso ocorreu.De acordo com o relato, uma moradora passou pelo casal pela primeira vez, os olhou de forma hostil e cuspiu no chão. Pouco tempo depois, ela retornou ao local e disse em voz alta a frase: “Tenho nojo de preto.”Veja o vídeo:https://admin.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2025/12/SnapInsta.to_AQOOup4vUtlN_CzLZh5w4Iv5u58-V4FmzNTiZAUJNN5QsovvfZRgb57jFb9Ro56ipQiB-bux6HtPdcZE-gQlz23z61C1l39iqGEW0yQ.mp4No vídeo registrado pelas câmeras de segurança, é possível ouvir a mulher proferindo as falas racistas ao casal. Leia Mais Racismo religioso e direito autoral: o que diz lei em caso Claudia Leitte? Caso Cláudia Leitte: o que se sabe sobre acusação de racismo religioso Homens negros têm três vezes mais chances de morrerem baleados, diz estudo O filho do casal, Miguel Bouças, afirmou que não teve contato nenhum com essa vizinha anteriormente e que o ataque foi repentino. Segundo ele, o casal ainda esperou para ver as câmeras e ter certeza do que tinham ouvido antes de ir até à polícia.“A gente só estava vivendo nosso Natal em paz, nosso ano novo em paz, e agora precisa fazer toda essa mobilização em função de um ato racista“, lamentou Miguel.Após o ocorrido, o casal buscou esclarecimentos junto à administração do prédio. “A partir dessas informações, tivemos conhecimento de que há outros registros e relatos de episódios de racismo envolvendo a mesma pessoa, o que indica que não se trata de um caso isolado, mas de uma reincidência de condutas racistas“.Um boletim de ocorrência foi registrado e de acordo com a Policia Civil, um inquérito foi instaurado para apurar a prática de injúria racial. Os envolvidos serão ouvidos nos próximos dias na Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Racismo, Xenofobia, LGBTfobia e Intolerâncias Correlatas em BH, onde a investigação encontra-se em andamento.“Seguiremos buscando justiça e responsabilização, não apenas por nós, mas porque esse tipo de violência não pode continuar sendo tolerado”, reforçou o casal.A CNN Brasil não localizou a defesa da mulher acusada das ofensas.*Sob supervisão de AR.