Os países Mali e Burkina Faso decidiram impedir a entrada de cidadãos dos Estados Unidos em seus territórios, como resposta às recentes políticas migratórias anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (31/12) pelos militares que governam ambas as nações, localizadas na África Ocidental.Em um comunicado, a chancelaria do Mali disse estar aplicando o “regime de reciprocidade e com efeito imediato” às decisões do líder dos EUA, que recentemente incluiu cidadãos do país africano na lista de proibições de viagens ao território norte-americano.O governo militar de Burkina Faso, por sua vez, mostrou-se comprometido com o “respeito mútuo”, mas anunciou “medidas de visto equivalentes às dos cidadãos dos Estados Unidos da América”. Leia também MundoDonald Trump proíbe Harvard de admitir estudantes estrangeiros MundoTrump amplia proibição de viagens para estrangeiros nos EUA MundoTrump pode impor restrições de viagens contra pessoas de 43 países MundoTrump avaliará redes sociais de imigrantes para conceder benefícios Ao usar “segurança nacional” e “combate ao terrorismo” como justificativas, Trump incluiu mais cinco nacionalidades na lista de estrangeiros que estão impedidos de entrar nos EUA: Burkina Faso, Mali, Níger, Sudão do Sul e Síria. A medida, que faz parte dos esforços do presidente norte-americano contra imigrantes no país, foi anunciada no último 16 de dezembro.Os países — todos da África e Oriente Médio — se juntaram a Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Essas nações enfrentam restrições totais para viagens de seus cidadãos ao território comandado por Trump.