Diferente dos seres humanos, os golfinhos possuem um sistema de respiração voluntária que transforma o simples ato de repousar em uma estratégia de sobrevivência extremamente sofisticada.O descanso em turnos do cérebroDe acordo com um artigo publicado pela Whale and Dolphin Conservation, esses animais utilizam o sono unihemisférico para descansar, mantendo metade do cérebro ativa para monitorar o ambiente. 🧠Metade em repousoUm dos hemisférios cerebrais entra em sono profundo para recuperar as energias necessárias. 👁️Vigilância constanteO olho oposto ao lado acordado permanece aberto para detectar predadores ou obstáculos. 🔄Alternância de ladosApós algumas horas, o cérebro inverte as funções para que a outra metade possa descansar.A respiração como um ato conscientePara nós, respirar acontece sem que precisemos pensar no assunto. Já para os golfinhos, cada fôlego é uma decisão deliberada. O animal precisa “lembrar” o corpo de que é hora de subir à superfície para trocar gases, o que impede um estado de inconsciência total.Controle voluntário do respiradouro na parte superior da cabeça.Necessidade de monitorar os níveis de oxigênio no sangue continuamente.Manutenção da consciência para evitar a entrada de água nos pulmões.Respirar é um ato consciente para os golfinhos, até mesmo durante o descanso – (Imagem gerada por inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)Diferenças fundamentais entre humanos e golfinhosA fisiologia marinha exige adaptações que seriam impossíveis para mamíferos terrestres. A tabela abaixo resume como essas diferenças impactam o período de sono de cada espécie.Golfinhos dormem com metade do cérebro ativa para continuar respirando com segurança – (Imagem gerada por inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)Estratégias para evitar o afogamentoPara garantir que não ocorra um acidente fatal durante o descanso, os golfinhos adotam posturas específicas. Alguns preferem flutuar na superfície como uma “tora” de madeira, facilitando o acesso ao ar, enquanto outros nadam lentamente em grupos para manter a proteção mútua.Essa atenção constante é o que permite ao animal habitar as profundezas sem nunca perder o vínculo com a superfície. É uma ginástica mental contínua onde o instinto de respirar domina qualquer necessidade de sono profundo, mantendo o corpo seguro enquanto a mente se recupera em partes.Leia mais:Golfinhos usam chapéus de esponja para encantar fêmeasGolfinhos estão respirando microplásticos, mostra estudoGolfinhos encalhados apresentam sinais semelhantes ao AlzheimerO post Como os golfinhos dormem no fundo do mar sem risco de afogamento apareceu primeiro em Olhar Digital.