Correios recebem R$ 10 bilhões do empréstimo e restante fica para 2026

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Os Correios receberam, na última terça-feira (30), R$ 10 bilhões do empréstimo concedido à estatal. Os outros R$ 2 bilhões devem entrar no caixa da empresa postal em 2026.Segundo fontes dos Correios ouvidas pela CNN, a estatal usou parte da primeira parcela do empréstimo de R$ 12 bilhões para pagar salários de funcionários e dívidas com fornecedores.Na sexta-feira (26), a empresa assinou um contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões com um grupo de cinco bancos, com o objetivo de reequilibrar as contas nos próximos dois anos.O financiamento conta com garantia do Tesouro Nacional. Na prática, isso significa que, caso a estatal não consiga honrar a dívida, a União assume a responsabilidade pelo pagamento. Leia Mais Sob Lula 3, estatais têm déficit recorde de R$ 20,5 bilhões Greve dos Correios: TST determina retorno aos trabalhos nesta quarta (31) Plano de demissões dos Correios é necessário, diz ministro do Trabalho A garantia reduz o risco da operação para as instituições financeiras, o que tende a permitir juros menores e condições mais favoráveis.O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que a garantia da União gerou uma economia de cerca de R$ 5 bilhões de reais em juros na operação.A estratégia de reestruturação prevê a captação total de até R$ 20 bilhões. Com o empréstimo já contratado, ainda faltaria cerca de R$ 8 bilhões para atingir o montante considerado necessário.A decisão entre um eventual aporte do Tesouro ou a realização de uma nova rodada de empréstimos deve ser tomada em 2026.Além do empréstimo, o plano de reestruturação 2025–2027 prevê ainda uma redução anual de R$ 4,2 bilhões em despesas, aumento de receitas estimado em R$ 1,7 bilhão e a geração de R$ 1,5 bilhão com a venda de imóveis.