Uma pesquisa da AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (31), revela que a segurança pública no Rio de Janeiro se manifesta de forma impactante na rotina dos seus cidadãos. Dados mostram que 77,6% dos cariocas afirmam que frequentemente evitam determinadas áreas da cidade devido a preocupações com a criminalidade.O dado alarmante reflete a profunda alteração na mobilidade e no comportamento urbano imposta pela percepção de insegurança. Ao considerar também aqueles que evitam “às vezes”, a proporção sobe para expressivos 94,1% dos moradores da capital fluminense, um contraste significativo com a média brasileira.A pesquisa detalha que a sensação de vulnerabilidade é um fator predominante na vida dos cariocas. Enquanto a vasta maioria lida frequentemente ou ocasionalmente com a necessidade de desviar de rotas por questões de segurança, apenas 3,9% raramente o fazem e 1,9% nunca o fazem. NacionalmenteEm âmbito nacional, a percepção de insegurança também é notável, mas com intensidade inferior à do Rio de Janeiro. No Brasil, 36,9% das pessoas declaram evitar certas regiões frequentemente, enquanto 30,3% o fazem às vezes, totalizando 67,2% dos brasileiros que alteram seus percursos por medo da criminalidade. Comparativamente, 27,8% raramente evitam e 5,0% nunca se preocupam com isso. A disparidade entre os índices da capital fluminense e os do país ressalta a complexidade da segurança pública em solo carioca. Veja dadosCidade do Rio de Janeiro:Sim, frequentemente: 77.6%Sim, às vezes: 16.5%Raramente: 3.9%Não, nunca: 1.9%Brasil:Sim, frequentemente: 36.9%Sim, às vezes: 30.3%Raramente: 27.8%Não, nunca: 5.0% Leia Mais "Arsenal de guerra": CV usa armas da Europa, drones e roupas camufladas IML identifica 100 dos 121 mortos em megaoperação no Rio de Janeiro PF entendeu que megaoperação não atacava raiz de facção no RJ Crimes mais presenciados no Brasil, segundo pesquisaUma nova Pesquisa Atlas, realizada entre 29 e 30 de outubro de 2025, buscou quantificar a extensão da criminalidade ao questionar a população sobre os crimes mais presenciados. O levantamento nacional, que contou com 1.089 respondentes, investigou quais tipos de incidentes de segurança são mais comuns no cotidiano do país.O roubo de celular é o crime mais presenciado pela população brasileira, atingindo 52,2% das menções em um recente levantamento da AtlasIntel. O estudo, que mapeia a criminalidade no Brasil, coloca o roubo à mão armada e o tráfico de drogas como a segunda e terceira ocorrências mais testemunhadas, respectivamente.Veja quais são os crimes mais testemunhados, segundo pesquisa:Roubo de celular: 52,2%Roubo à mão armada: 42,7%Tráfico de drogas: 38,4%Vandalismo ou dano ao patrimônio público: 20,2%Tiroteio: 18,7%Roubo de carro: 15,0%Brutalidade policial: 4,6%Roubo de carga: 4,2%Ao analisar o cenário da Cidade do Rio de Janeiro, os índices mostram particularidades. Embora o roubo de celular continue na liderança, com 59,2%, o tiroteio surge como o segundo crime mais relatado, presenciado por impressionantes 56,5% dos entrevistados. Este cenário evidencia uma percepção de violência armada mais intensa na capital fluminense, com o roubo à mão armada ficando em terceiro lugar com 42,3%. Veja quais são os crimes mais testemunhados na cidade do Rio de Janeiro, segundo pesquisa:Roubo de celular: 59,2%Tiroteio: 56,5%Roubo à mão armada: 42,3%Tráfico de drogas: 37,3%Roubo de carro: 36,7%Vandalismo ou dano ao patrimônio público: 28,0%Roubo de carga: 16,6%Brutalidade policial: 6,1%O levantamento foi feito um dia após a Megaoperação Contenção, que deixou 121 mortos no Complexo da Penha e Alemão, na Zona Norte da capital fluminense.Veja imagens da operação Trocar imagemTrocar imagem 1 de 8 Corpos enfileirados em rua do Rio de Janeiro após operação policial mais letal da história da cidade • REUTERS/Ricardo Moraes Trocar imagemTrocar imagem 2 de 8 m resposta à atuação policial, criminosos do CV também utilizaram tecnologia, sendo flagrados arremessando bombas em uma comunidade através de um drone. • Reprodução/Redes sociais Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 3 de 8 Megaoperação envolvendo cerca de 2.500 policiais civis e militares é deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro • CNN Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 4 de 8 Houve o registro de tentativas de bloqueios de ruas por parte dos membros do Comando Vermelho (CV) em retaliação à Operação Contenção • Reprodução Trocar imagemTrocar imagem 5 de 8 Forças de Segurança do Rio realizam uma Operação nos Complexo da Penha e Alemão, com o objetivo de prender lideranças criminosas • ÉRICA MARTIN/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 6 de 8 A fuga de criminosos armados foi registrada por drones policiais Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 7 de 8 Três moradores foram socorridos ao Hospital Getúlio Vargas. Ao menos sete pessoas foram socorridas e tiveram atendimento médico • Estadão Conteúdo Trocar imagemTrocar imagem 8 de 8 Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro informou que o dia terminou com mais de 100 fuzis apreendidos pelas Polícias Civil e Militar • Reprodução/Redes Sociais visualização default visualização full visualização gridRelembre operaçãoA megaoperação policial “Contenção” foi realizada nos complexos do Alemão e da Penha, na terça-feira (28). A ação conjunta das Polícias Civil e Militar, que utilizou cerca de 2.500 agentes, visava combater a expansão territorial do CV (Comando Vermelho) e cumprir aproximadamente 100 mandados de prisão contra lideranças, incluindo 30 de outros estados.“Tribunal do CV”: entenda como facção tortura moradores em comunidade no RJA operação resultou no saldo de 121 mortos, superando o Massacre do Carandiru e tornando-se a mais letal da história do estado e do país. Entre os 113 presos, estava Thiago do Nascimento Mendes, o “Belão”, braço direito do líder do CV, “Doca”. Foram apreendidas 118 armas, sendo 91 fuzis.Comunidade do Rio amanhece com fila de corpos em praça após megaoperação Trocar imagemTrocar imagem 1 de 17 Corpos enfileirados em rua do Rio de Janeiro após operação policial mais letal da história da cidade • REUTERS/Ricardo Moraes Trocar imagemTrocar imagem 2 de 17 A Operação Contenção foi uma megaoperação conjunta das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28) • Arquivo pessoal: Bruno Itan Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 3 de 17 Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SESP) e o Governo do Estado, o objetivo principal era combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) • CNN Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 4 de 17 A Operação Contenção se tornou a mais letal da história do estado do Rio de Janeiro • CNN Trocar imagemTrocar imagem 5 de 17 O saldo final incluiu 60 suspeitos de crimes e 4 policiais mortos (dois policiais civis e dois policiais militares do Bope) • CNN Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 6 de 17 Além das fatalidades, 81 pessoas foram presas incluindo Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, que é apontado como o operador financeiro do CV no Complexo da Penha e braço direito do chefe do Comando Vermelho, Edgar Alves de Andrade, vulgo "Doca" ou "Urso" • CNN Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 7 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem 8 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 9 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 10 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem 11 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 12 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 13 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem 14 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 15 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem Trocar imagemTrocar imagemTrocar imagem 16 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO Trocar imagemTrocar imagem 17 de 17 Moradores do Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, levam ao menos 50 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, no início da manhã desta quarta-feira, 29, após a megaoperação mais letal da história do Estado. O ativista Raull Santiago, do Instituto Papo Reto, afirmou que os corpos foram encontrados em uma área de mata na Serra da Misericórdia. • PEDRO KIRILOS/ESTADÃO CONTEÚDO visualização default visualização full visualização gridO dia da operação foi marcado por intensos confrontos e “caos” na cidade, com o fechamento de escolas e desvios de transporte público.Diante da crise, o governo federal e estadual anunciaram a criação de um escritório conjunto para intensificar a cooperação no combate ao crime organizado.