Desde a procura por equilíbrio até às preocupações com a saúde e o futuro, as perspetivas e pensamentos das gerações variam – dentro e fora do trabalho. As gerações mais jovens – Z e Millennials – destacam-se por valorizar mais o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (19% e 21% respetivamente), sem que isso iniba a sua ambição.A Geração Z, em particular, contraria estereótipos ao eleger a ascensão profissional (26%) e a melhoria de emprego (21%) como objetivos de vida, a par de metas financeiras como ganhar (47%) e poupar mais dinheiro (44%).Estes são alguns resultados do Barómetro Gerações em Movimento – Preparar o Futuro, realizado pelo Grupo Ageas Portugal, em parceria com a Ipsos Apeme, um estudo quantitativo e intergeracional.Realizado através de 1.900 entrevistas a homens e mulheres com mais de 25 anos das Gerações Z (1997 a 2012), Millennials (1981 a 1996), Gen X (1965 a 1980) e Baby Boomers (1946 a 1964), residentes em Portugal Continental, o barómetro oferece um retrato dinâmico das suas aspirações, medos e comportamentos. Lazer, viagens e simplicidade são fatores prioritáriosPor outro lado, as gerações mais velhas têm encontrado o seu ritmo: metade dos Baby Boomers valoriza uma vida simples e não material, um sentimento que cresce com a idade (38% nos Millennials e 43% na Geração X). São também os Boomers os que elegem ter mais tempo para hobbies (18%), atividades culturais (18%) ou voluntariado (12%) como objetivos de vida.A preocupação com a aparência física é mais acentuada na Geração Z (11%) e diminui com a idade, mas o gosto por cuidar de si e sentir-se no seu melhor é uma constante, com todas as gerações a pontuarem entre 7.2 e 7.5 (numa escala de 1 a 10) este aspeto.Viajar emerge como um dos principais objetivos de vida para todas as gerações, liderado pelos Boomers (50%), mas com Z e X a seguirem de perto (42%) e Millennials (37%). Não viver experiências suficientes é um medo comum, independentemente da idade.A prática de mais exercício físico é um objetivo igualmente transversal, com diferenças mínimas entre gerações (Millennials 39%, Boomers 37%, Z e X 33%). Receios e previsões do futuro variamA saúde é uma preocupação central, mas com nuances geracionais. Para os Baby Boomers, a saúde futura (49%) preocupa mais do que a atual (16%). Já a Geração Z, embora menos preocupada com a saúde atual (8%), vê esse número quadruplicar quando pensa no futuro (24%). A saúde dos outros é igualmente importante: para Millennials e Zs, a saúde dos pais ou avós é uma preocupação maior do que a sua própria, agora ou futuramente.Quando o olhar se projeta no futuro, a saúde mental ganha destaque. O medo de ficar sozinho é transversal (11% nos Millennials, 16% nos Zs), com alguns a expressarem o receio de não ter ninguém ou perder amizades. A Geração Z preocupa-se com a depressão (18%), enquanto os Baby Boomers temem a perda das faculdades mentais (24%) e antecipam a perda de autonomia.No que diz respeito ao sentimento de uma boa vida, os Baby Boomers destacam-se por sentirem que têm tudo o que precisam (41%) e 55% dos reformados afirmam não ter perdido poder de compra, o que contraria perceções generalizadas. O medo de ser um fardo para os filhos é uma preocupação única dos Boomers, que desejam ter condições financeiras para não ter de pedir ajuda aos filhos.O Barómetro Gerações em Movimento – Preparar o Futuro partiu da premissa de que o envelhecimento transcende o fenómeno demográfico, sendo um processo com impacto social, económico e cultural.O conteúdo Afinal, Geração Z também quer ganhar e poupar mais. O que mais valorizam as gerações? aparece primeiro em Revista Líder.