O preço do Bitcoin mantém um equilíbrio técnico crítico neste fim de outubro de 2025, consolidando em faixa de US$ 103,5 mil a US$ 116 mil, um padrão que indica compressão e potencial rompimento decisivo. Dados on-chain e técnicos confirmam o cenário, com apoio consolidado acima de US$ 100 mil e resistência clara nos US$ 115 a 125 mil, faixa onde os traders apontam gatilhos para alta histórica ou correção importante. A recente liquidação histórica que eliminou mais de US$ 20 bilhões em posições no mercado cripto não desmontou a tese de recuperação sustentada, especialmente com a acumulação observada em carteiras médias, o chamados “dolphin cohort”, que mantém o fluxo institucional importante e reforça a resiliência do ativo.Com a dominância do BTC aproximando-se de 60%, o cenário é de atenção, não de pânico. O preço do Bitcoin permanece dentro de um inside bars semanal desde o início de outubro, levando naturalmente os traders mais ansiosos a buscar catalisadores alheios à análise técnica, como movimentações políticas e regulatórias para tentar justificar teorias sobre os próximos movimentos do mercado e continuidade das tendências primárias de alta. De qualquer maneira, o que pode orientar este contexto de análise, pode ser o efeito indireto do prolongado shutdown do governo dos EUA, que reforçaria a atratividade do BTC como hedge não correlacionado. Mas fundamentalmente, ainda é impossível detectar o fluxo de capital migrando para Bitcoin como hedge não correlacionado aos mercados de risco, como os da cesta do S&P 500.Tailwinds macro: S&P 500, ouro e o sinal do tradingtechA alta histórica do ouro acima de US$ 4.000 por onça, junto a indicadores técnicos de sobrecompra batendo máximas históricas, sugere pressão de venda iminente, cenário que tradicionalmente impulsiona a transferência de capital de volta para liquidez, beneficiando os mercados de risco, fintechs, AI e criptomoedas. Isso ecoa na entrada da Robinhood no S&P 500 em 22 de setembro, substituindo a Caesars Entertainment. Este foi um marco que validou o fintech como player institucional, com ações subindo 15% no dia do anúncio e market cap em US$ 91,5 bilhões. Plataformas como Robinhood, agora com credibilidade blue-chip, canalizam fluxos para ativos digitais, mas sem diversificação além de trading, expõem o mesmo risco de correções cíclicas que o BTC enfrenta agora.O que ignorar e o que executarEste é um momento que exige disciplina e paciência. O equilíbrio técnico em triângulo simétrico pode não estar demonstrando fraqueza; ao contrário, pode ser uma preparação silenciosa para a próxima fase do mercado, onde o Bitcoin segue sendo o principal vetor do mercado cripto, um ativo que combina intensidade e resiliência em ciclos que transcendem volatilidade temporária.Para traders que enxergam além do ruído, esse é um convite a aprofundar análises, proteger posições inteligentes e não se deixar levar por narrativas superficiais. O legado sustentável de um trader se constrói com a soma disciplinada de ações densas e orientadas. No mercado cripto, ganhamos mais excluindo os ruídos do agregando mais e mais informações.Sobre o autorRaphael Cordeiro é analista técnico especializado no mercado cripto e atualmente está à frente do Tradingview no Brasil.O post Bitcoin sob pressão: Por que o mercado cripto resiste? | Análise apareceu primeiro em Portal do Bitcoin.