O presidente Lula já afirmou que, enquanto governar o país, as Forças Armadas não entrarão em favelas para combater o tráfico. Ele criticou o uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para tal finalidade.Em declaração a jornalistas no Palácio do Planalto, em 27 de outubro de 2023, o presidente disse que “não quer as Forças Armadas na favela brigando com bandido”.“Não quero as Forças Armadas na favela brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas, enquanto eu for presidente não tem GLO [Garantia da Lei e da Ordem].”A declaração voltou a repercutir nesta semana, após a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais, na última terça-feira (28/10). Leia também Paulo Cappelli O pedido do governo Trump na mesa de negociações com o Brasil Paulo Cappelli Conselheiro da OAB reage a despacho de Moraes: “Fiscal do Brasil” Paulo Cappelli “Motel”: Motta apaga post que celebrava PEC após críticas Paulo Cappelli Bancada do PT não assinou CPI que investigará crime organizado A incursão gerou uma troca de acusações entre o governo federal e o estadual. O governador Cláudio Castro (PL) afirmou estar “sozinho” no enfrentamento ao crime e criticou a recusa do governo federal em decretar uma GLO. O Palácio do Planalto, por sua vez, afirmou que nunca recebeu pedido formal e que a atuação do Exército depende de decreto presidencial.Apesar da posição do presidente, autoridades estaduais de segurança do Rio, como o secretário Victor dos Santos e o comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes, já manifestaram ao Metrópoles apoio à atuação conjunta do Exército com as forças estaduais no combate ao tráfico.