Mais da metade dos fluminenses diz ter testemunhado crime nos últimos três meses

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Mais da metade dos fluminenses afirma ter presenciado crime ou incidente de segurança pública nos últimos 3 meses, segundo pesquisa Atlas, publicada nesta sexta-feira (31). O índice é de 57,6% na cidade do Rio de Janeiro, e, se comparado com o resto do Brasil, representa mais que o dobro do que foi registrado (26,2%). A maioria dos entrevistados que afirmaram ter presenciado algum crime são moradores de favelas, tanto no Rio como no Brasil. O delito mais visto foi o de roubo de celular (59,2% no Rio e 52,2% no resto do Brasil). Porém, no segundo lugar surge uma divergência significativa, com 56,5% dos moradores afirmando ter contato com tiroteios, em comparação com apenas 18,7% no resto do Brasil. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp Além disso, 77,6% dos entrevistados dizem evitar frequentemente determinadas áreas do Rio de Janeiro devido à criminalidade. Esse número cai para 36,9% comparado com as outras cidades. No Brasil, 56,9% afirmam que não tem medo de sair de casa por conta da violência. Em comparação, 81,4% dos flumineneses que sim, sentem medo de sair de casa por conta da violência. O levantamento, realizado entre os dias 29 e 30 de outubro de 2025, com 1.089 entrevistados em todo o país, e possui nível de confiança de 95%, com margem de erro de +/- 3pp. Veja mais dados da pesquisaA maioria dos moradores de favelas do Rio de Janeiro aprovou a megaoperação Contenção, considerada a mais letal da história do estado. Segundo pesquisa Atlas, divulgada nesta sexta-feira (31), 87,6% dos moradores de comunidades disseram apoiar a ação das forças de segurança, enquanto entre o total da população fluminense o índice de aprovação cai para 55%.Entre os que desaprovam a operação, o percentual é de 12,1% nas favelas e 40,5% entre os demais moradores da capital. Apenas 0,3% dos entrevistados nas comunidades afirmaram não saber ou preferiram não opinar, ante 14,5% no restante da cidade.No recorte nacional, o apoio também é majoritário. A operação é aprovada por 80,9% dos moradores das favelas do país e 51,8% do restante da população brasileira. Já a desaprovação é de 19,1% e 45,4%, respectivamente. 2,8% dos entrevistados fora das favelas declararam não ter opinião formada.O levantamento, realizado entre os dias 29 e 30 de outubro de 2025, com 1.089 entrevistados em todo o país, e possui nível de confiança de 95%, com margem de erro de +/- 3pp.Avaliação dos líderes de governo na segurança públicaCidade do Rio de JaneiroPor outro lado, o estudo também avaliou a percepção da população sobre o desempenho de líderes políticos na área de segurança pública, em meio a operação deflagrada na última terça-feira (28) no Rio de Janeiro. De acordo com o levantamento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma avaliação negativa no tema com 59% dos flumineneses classificando a gestão como ruim ou péssima, enquanto 27% a consideram ótima ou boa e 12% a avaliam como regular.Pensando na administração estadual, o governador Cláudio Castro (PL-RJ) apresenta uma avaliação mais equilibrada. Para 36% dos entrevistados, a gestão do chefe do executivo fluminense na segurança é ótima ou boa, enquanto 45% avaliam como ruim ou péssima e 17% como regular.Além disso, o prefeito Eduardo Paes (PSD) recebeu avaliação mediana: 45% dos entrevistados consideram seu desempenho regular, 13% o classificam como ótimo ou bom e 38% como ruim ou péssimo. Somente 4% não souberam responder.População nacionalSegundo a pesquisa, a avaliação nacional do governo Lula na área de segurança pública aponta um cenário majoritariamente negativo. No total, 50% dos entrevistados consideram o desempenho do governo federal no setor ruim ou péssimo, enquanto 31% o classificam como ótimo ou bom. Outros 19% avaliam a atuação como regular. Leia também Dos 99 mortos identificados em operação no Rio, 78 tinham antecedentes criminais Governo do RJ apresenta primeira lista de suspeitos mortos na Operação Contenção MPRJ faz perícia independente em vítimas da Operação Contenção