A razão que fez Roger Waters se irritar com “The Division Bell”, do Pink Floyd

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Roger Waters nunca admitiu a existência do Pink Floyd sem ele. A cada lançamento da banda sob o comando de David Gilmour, uma enxurrada de críticas era disparada.Com “The Division Bell” (1994), segundo álbum do grupo sem o baixista e vocalista, não foi diferente.O que mais incomodou Waters na época foi o fato de Gilmour ter trazido Polly Samson, escritora e esposa, para colaborar com as letras. No livro “Pigs Might Fly: The Inside Story of Pink Floyd”, de Mark Blake (via Far Out Magazine), consta uma declaração de Roger sobre o disco:“Letras escrita pela nova esposa? Quero dizer, me dá um tempo, p**ra! Vamos lá. Que nervoso chamar aquilo de Pink Floyd. É um disco horrível.”Em outra entrevista, de 1999, ao jornalista Greg Kot, Waters criticou o trabalho ao vivo “P.U.L.S.E.” (1995) ao dizer que o material ficou “horrível”. Na sua visão, os antigos colegas “nunca entenderam nada” sobre a mensagem das músicas que tocavam — algo que, em suas palavras, os próprios admitiam na década de 1970.Ao abordar os dois álbuns de estúdio — “The Division Bell” e o antecessor “A Momentary Lapse of Reason” (1987) —, declarou:“Com todo o respeito a quem comprou esses discos: eles são lixo. Particularmente ‘The Division Bell’, lixo do começo ao fim. ‘A Momentary Lapse of Reason’ tinha algumas músicas realmente legais que, se eu ainda estivesse na banda, aquelas sequências de acordes e melodias teriam sido incluídas em um disco no qual eu estava envolvido. Mas conceitualmente e liricamente, é simplesmente lixo, em parte porque não é verdadeiro. É tipo: ‘vamos tentar compor músicas que soem como se fossem Pink Floyd’.”Na sequência, complementou:“Eric Stewart do 10cc me contou como ele recebeu uma ligação de David Gilmour onde Dave disse: ‘Estamos tentando fazer um novo disco, e precisamos de um conceito. Tem alguma ideia?’. Foi engraçado, mas realmente me irritou na época. Me irritou que ninguém enxergasse através de nada disso. Mas acho que a história está começando a mostrar que nada disso realmente dura. O último disco foi meio que puro Spinal Tap [banda de um filme quase homônimo que satiriza vários comportamentos de astros do rock]. Dave fez sua nova esposa escrever as letras!”Pink Floyd e “The Division Bell”“The Division Bell” foi lançado em 28 de março de 1994. O título é uma referência aos sinos do parlamento do Reino Unido, que são tocados quando é o momento de uma votação. As letras lidam com o conceito da comunicação enquanto mecanismo para resolver diferenças.Vendeu mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo, tendo chegado ao topo de diversas paradas, incluindo Estados Unidos e Inglaterra. No Brasil, ganhou disco de platina.As esculturas da capa, desenvolvidas pelo artista Storm Thorgerson, estão atualmente na sede do Rock And Roll Hall Of Fame, em Cleveland, Estados Unidos.A turnê foi vista por mais de 5 milhões de espectadores e rendeu o álbum/vídeo “P.U.L.S.E.” (1995), que trouxe a execução de “The Dark Side of the Moon” (1973) na íntegra.Além de “The Division Bell”, os discos do Pink Floyd sem Roger Waters incluem “A Momentary Lapse of Reason” (1987) e “The Endless River” (2014). O músico deixou a banda em 1985 e nunca mais retornou.Quer receber novidades sobre música direto em seu WhatsApp? Clique aqui!Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Bluesky | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.O post A razão que fez Roger Waters se irritar com “The Division Bell”, do Pink Floyd apareceu primeiro em Igor Miranda.