O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a libertação dos reféns, prevista para a manhã de segunda-feira (13), no horário local, marcará o “início de uma nova era” para o país. “Esta é uma noite emocionante. Uma noite de lágrimas. Uma noite de alegria, porque amanhã os filhos retornarão à sua terra natal. Amanhã marca o início de uma nova era – um caminho de cura, um caminho de reconstrução”, disse o premiê de Israel, que também declarou, neste domingo (12), em um discurso emocionado, que seu país alcançou “enormes vitórias” na guerra contra o Hamas em Gaza, embora tenha advertido que “a luta ainda não terminou”.É “um acontecimento histórico em que se misturam a tristeza pela libertação dos assassinos com a alegria pelo retorno dos reféns”, afirmou o líder israelense em seu breve discurso, no qual expressou sua esperança de que, apesar das “inúmeras discordâncias” que persistem entre os israelenses, isso permita uma “união dos corações”. Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp! WhatsApp “Juntos, alcançamos enormes vitórias, vitórias que surpreenderam o mundo inteiro. E quero dizer a vocês: em todos os lugares onde lutamos, fomos vitoriosos, mas, ao mesmo tempo, devo dizer a vocês que a luta não acabou”, disse o primeiro-ministro em um discurso à nação. Netanyahu falou na véspera do esperado retorno, na segunda-feira, dos reféns mantidos em cativeiro em Gaza desde o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito que devastou o território palestino.O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Israel, Eyal Zamir, também reivindicou uma “vitória”, atribuída à “pressão militar” combinada com “medidas diplomáticas complementares”. Shosh Bedrosian, porta-voz de Netanyahu, informou mais cedo que a libertação dos reféns cativos na Faixa de Gaza deve ocorrer na manhã de segunda-feira.O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fará na segunda-feira uma visita de algumas horas a Israel e depois copresidirá, junto com o presidente egípcio Abdel Fatah al-Sisi, a cúpula internacional pela paz em Gaza, no balneário de Sharm el-Sheikh, no Egito. O acordo de trégua entre Israel e o Hamas, que entrou em vigor na sexta-feira, prevê a troca dos últimos reféns israelenses que permanecem em Gaza — 20 ainda vivos e 28 mortos — por quase 2 mil palestinos presos em cadeias israelenses, entre eles 250 detidos “por motivos de segurança nacional”.Os países mediadores do acordo de cessar-fogo em Gaza assinarão um documento como garantes durante a cúpula de segunda-feira no balneário egípcio de Sharm El-Sheikh. “Os signatários serão os garantes”, e esses países são “Estados Unidos, Egito, Catar e, provavelmente, Turquia”, declarou à AFP o diplomata informado sobre os preparativos da cúpula, que falou sob condição de anonimato. O Ministério das Relações Exteriores do Egito anunciou neste domingo que durante a cúpula — copresidida por Estados Unidos e Egito — será assinado o “documento que põe fim à guerra na Faixa de Gaza”. Leia também Presos palestinos serão libertados quando Israel confirmar que todos reféns retornaram ao país Hamas não participará do futuro governo do território depois da guerra *Com informações da AFPPublicado por Sarah Paula