Como melhorar a saúde mental no trabalho? Eis cinco dicas

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Numa altura em que as empresas enfrentam novos desafios de produtividade, retenção de talento e equilíbrio emocional, a saúde mental no trabalho assume um papel cada vez mais estratégico.Um novo estudo da AESE Business School revela que promover o bem-estar psicológico nas organizações depende, acima de tudo, de medidas práticas que conciliem vida profissional e pessoal, valorizem os colaboradores e reduzam a pressão excessiva. Melhorar a saúde mental no trabalho tem «impacto incalculável»A investigação conclui que estes são as cinco medidas mais valorizadas: conciliação entre trabalho, família e vida pessoal, a gestão de conflitos internos, o respeito do horário semanal, a valorização profissional dos colaboradores e a redução da pressão excessiva no trabalho.Conduzido por Pedro Afonso, médico psiquiatra e professor da AESE Business School, Miguel Fonseca, professor de Estatística da Universidade Nova de Lisboa, e José Fonseca Pires, professor da AESE Business School e diretor do Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde – PADIS, o estudo avaliou dez medidas organizacionais para promover a saúde mental no trabalho, analisando a sua implementação nas empresas e o impacto na perceção de bem-estar dos colaboradores, através de uma autoavaliação.No total, foram inquiridas 598 pessoas com responsabilidades de liderança e operacional pertencentes à comunidade Alumni da AESE Business School.«Hoje, a saúde mental no trabalho assume um papel central nas agendas das organizações mais competitivas e sustentáveis. Numa era de transformações rápidas, novas pressões e modelos híbridos de trabalho, garantir o bem-estar psicológico dos colaboradores é um fator estratégico de gestão», nota Pedro Afonso, um dos autores do estudo.«Deste modo, melhorar a saúde mental no trabalho é um importante contributo para promover um ambiente laboral positivo e saudável, tendo um impacto incalculável, uma vez que pode reduzir custos relacionados com a falta de saúde e o absentismo, aumentar a produtividade e a satisfação profissional», acrescenta o médico psiquiatra e professor da AESE Business School. Cargo influencia perceção de saúde mentalOutra das conclusões é o facto de a posição hierárquica influenciar a perceção de saúde mental: 17,6% dos técnicos reportam má saúde mental e o valor cai para 2,3% entre CEO/presidentes.No estudo, os participantes foram ainda questionados sobre as medidas que já se encontravam implementadas nas suas empresas. Entre as mais frequentes estão a conciliação trabalho–família–vida pessoal (75,5%), o respeito do horário semanal (75%), regimes híbridos (67,4%) e valorização profissional (65,6%). As menos frequentes são a redução do multitasking (19,9%) e a existência de programas de acompanhamento no regresso ao trabalho (19,5%).«Há margem para aumentar a adoção de algumas práticas menos comuns, que favorecem a saúde mental. Exemplos disso são a redução do multitasking e da pressão excessiva no trabalho e na obtenção de resultados, mas também a criação de programas específicos de acompanhamento no regresso ao trabalho, após períodos prologados de baixa médica», explica Pedro Afonso.Os participantes do estudo têm uma idade média de 51,8 anos, sendo que 60,9% são do sexo masculino e 39,1% do sexo feminino. Em 85,3% dos casos têm filhos.Os setores profissionais mais representados são Saúde (23,6%), Indústria (13,1%), Banca e Seguros (10,1%), Energias e Ambiente (8,7%). Cerca de dois terços ocupam cargos de alta chefia ou administração e mais de metade trabalham em grandes empresas (57,4%).O conteúdo Como melhorar a saúde mental no trabalho? Eis cinco dicas aparece primeiro em Revista Líder.