Apesar da escalada da aversão a risco em Wall Street, o dólar teve mais uma sessão de perdas ante moedas fortes e emergentes com a crescente aposta no corte de juros dos Estados Unidos no fim de outubro.Nesta quinta-feira (16), o dólar à vista (USDBRL) encerrou a sessão a R$ 5,4431, com queda de 0,35%. new TradingView.MediumWidget( { "customer": "moneytimescombr", "symbols": [ [ "USDBRL", "USDBRL" ] ], "chartOnly": false, "width": "100%", "height": "300", "locale": "br", "colorTheme": "light", "autosize": false, "showVolume": false, "hideDateRanges": false, "hideMarketStatus": false, "hideSymbolLogo": false, "scalePosition": "right", "scaleMode": "Normal", "fontFamily": "-apple-system, BlinkMacSystemFont, Trebuchet MS, Roboto, Ubuntu, sans-serif", "fontSize": "10", "noTimeScale": false, "valuesTracking": "1", "changeMode": "price-and-percent", "chartType": "line", "container_id": "15ddca3"} ); O movimento acompanhou a tendência externa. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, operava em queda de 0,45%, aos 98,339 pontos.LEIA MAIS: Comunidade de investidores Money Times reúne tudo o que você precisa saber sobre o mercado; cadastre-seO que mexeu com o dólar hoje?O mercado de câmbio foi movimentado nesta quinta-feira (16). No cenário doméstico, os investidores reagiram ao Índice de Atividade Econômica (IBC-Br).Considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), o dado teve um avanço de 0,4% em agosto em relação ao mês anterior, em dado dessazonalizado, segundo o Banco Central (BC).O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,6%, depois de recuo de 0,52% em julho (dado revisado).Na comparação com agosto do ano anterior, o IBC–Br teve alta de 0,1%, enquanto no acumulado em 12 meses registrou um ganho de 3,2%, de acordo com números não dessazonalizados.Na avaliação do economista Leonardo Costa, do ASA, “a leve alta no mês confirma que a atividade segue positiva, mas com ritmo moderado e heterogêneo entre setores, compatível com um cenário de desaceleração gradual”.Para a economista-chefe do PicPay, Ariane Benedito, “o dado de agosto reforçou a leitura de que a economia brasileira não corre o risco de uma desaceleração mais acentuada, mas atravessa um período de crescimento mais contido”.“A trajetória do segundo semestre seguirá condicionada à política monetária, à confiança dos agentes e ao comportamento do mercado de trabalho, em um ambiente fiscal e externo desafiador”, acrescentou a economista.O mercado também ficou à espera da reunião entre o secretário dos Estados Unidos, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera. O encontro, que marca o início das tratativas comerciais após a tarifa adicional de 50% sobre os produtos brasileiros imposta no início do segundo semestre, aconteceu na tarde desta quinta-feira (16).De acordo com informações do Itamaraty, Vieira deve conceder entrevista coletiva ainda hoje, às 18h (horário de Brasília).A expectativa pelo anúncio de medidas de compensação após a derrubada pela Câmara dos Deputados da Medida Provisória (MP) 1.303, que tratava da taxação de aplicações financeiras e de empresas de apostas esportivas (bets) como alternativa às mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), também continuou no radar.Tensão geopolítica e corte nos juros dos EUAA tensão comercial entre Estados Unidos e a China continuou a movimentar o câmbio frente a moedas fortes.Contudo, o destaque do dia foi a conversa entre os presidentes norte-americano, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, para encerrar a guerra na Ucrânia. Os mandatários concordaram em se reunir em Budapeste, na Hungria. Não há data prevista.Apesar dos riscos geopolíticos, o dólar perdeu força com a consolidação das apostas de corte nos juros dos pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano).Nesta quinta-feira (16), diretor do Fed Christopher Waller disse que está de acordo com outro corte na taxa de juros na reunião de política monetária deste mês, devido às leituras mistas sobre a situação do mercado de trabalho.“Com base em todos os dados que temos sobre o mercado de trabalho, acredito que (o comitê de política monetária do Fed) deve reduzir a taxa de juros em mais 25 pontos-base em nossa reunião que termina em 29 de outubro”, disse Waller, no texto de um discurso a ser proferido em uma reunião do Conselho de Relações Exteriores em Nova York.O que virá depois dessa reunião, disse Waller, depende dos dados futuros. Ele disse que, ao avaliar a necessidade de mais cortes nos juros, “vou observar como os dados sólidos do PIB conciliam com o abrandamento do mercado de trabalho”.Já o também diretor do Fed Stephen Miran afirmou não estar preocupado com o risco de que a flexibilização da política monetária inflacione ainda mais preços de ativos que estão historicamente altos e, em alguns casos, recordes.Perto do fechamento, os operadores observavam 96,8% de chance de o Fed cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,75% a 4,00%, na próxima decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em 29 de outubro. Ontem (15), a probabilidade era de 97,3%, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group.A chance de corte de 0,50 ponto percentual, por sua vez, subiu de zero (ontem) para 3,2% hoje.*Com informações de Reuters