Aston Villa proíbe torcedores de time de Israel em duelo pela Europa League

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Nenhum torcedor visitante terá permissão para assistir ao jogo entre Aston Villa e Maccabi Tel Aviv, de Israel, no dia 6 de novembro, pela Europa League. A partida será realizada no Villa Park, na Inglaterra, e é válida pela quarta rodada da competição continental.A decisão foi feita após a polícia levantar preocupações de segurança pública sobre possíveis protestos, segundo informado pelo clube inglês nesta quinta-feira (16). A ação veio depois de protestos nas partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Seleção Israelense contra Noruega e Itália, com a polícia usando gás lacrimogêneo contra manifestantes e apoiadores pró-Palestina em Oslo e Udine, respectivamente.O Villa afirmou que está seguindo as orientações do Safety Advisory Group (SAG), responsável pela emissão dos certificados de segurança para jogos no Villa Park, com base em diversos fatores físicos e de segurança. Leia Mais Craque da Bélgica, Lukaku reclama de não poder enterrar seu pai na Europa Juventus é investigada por possível violação do fair play financeiro CBF anuncia adversários da Seleção Brasileira nos amistosos de novembro “Após uma reunião nesta tarde, o SAG escreveu formalmente ao clube e à UEFA para informar que nenhum torcedor visitante será permitido no Villa Park para esta partida. A Polícia de West Midlands informou ao SAG que há preocupações de segurança pública fora da área do estádio e sobre a capacidade de lidar com possíveis protestos na noite do jogo”, escreveu o Aston Villa em comunicado.“O clube está em diálogo contínuo com o Maccabi Tel Aviv e as autoridades locais durante esse processo, com a segurança dos torcedores presentes e dos moradores locais como prioridade em qualquer decisão”, completou.A Reuters entrou em contato com o Maccabi Tel Aviv, que ainda não comentou o caso.Posicionamento da UefaA Uefa afirmou querer que os torcedores possam viajar e apoiar suas equipes em um “ambiente seguro, protegido e acolhedor”.“A Uefa incentiva ambas as equipes e as autoridades competentes a concordarem com a implementação de medidas apropriadas para permitir que isso aconteça”, declarou a entidade.“Em todos os casos, as autoridades locais competentes permanecem responsáveis pelas decisões relacionadas à segurança e proteção dos jogos realizados em seu território, decisões estas tomadas com base em avaliações completas de risco, que variam de jogo para jogo e levam em consideração circunstâncias anteriores”, completou.Israel critica a decisãoO Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, descreveu o comunicado do Villa como uma “decisão vergonhosa” nas suas redes sociais. “Eu peço às autoridades do Reino Unido que revertam essa decisão covarde”, disse Saar.A Fifa tem recebido repetidos apelos para agir sobre a guerra em Gaza, com autoridades palestinas pressionando para que Israel seja suspenso do futebol internacional.A questão está em análise pela entidade há meses, mas nenhuma decisão foi tomada até agora, com o presidente Gianni Infantino afirmando constantemente que tais assuntos exigem consenso com as confederações e devem ser tratados com cautela.No início deste mês, Victor Montagliani, vice-presidente da Fifa, afirmou que a participação contínua de Israel no futebol internacional deve ser tratada antes de tudo pela Uefa.A Uefa parecia pronta para uma votação emergencial sobre a suspensão de Israel das competições europeias no mês passado, mas teria adiado a votação após o anúncio do plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na região.Copa do Mundo: veja ranking dos maiores campeões