Alvo de ação no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) voltou negar nesta terça-feira (14) que tenha ofendido diretamente a ministra Gleisi Hoffmann, da SRI (Secretaria de Relações Institucionais).O parlamentar foi ouvido nesta tarde sobre o caso. Ele negou ter mencionado o nome de Gleisi e citado apenas o apelido “amante”, que constou em planilhas da Odebrecht.A representação no Conselho de Ética foi apresentada pela Mesa Diretora após provocação da Corregedoria Parlamentar. A ação pede a punição do deputado por “proferir manifestações gravemente ofensivas e difamatórias” contra Gleisi, durante reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em 29 de abril. Leia Mais: Deputados Gilvan e Janones prestam depoimento no Conselho de Ética "Não há nada de errado", diz Gleisi sobre apoio da Presidência à Janja Hugo Motta: “Não existe educação de direita nem de esquerda Na data, Gilvan afirmou ter se referido a Gleisi em um momento diferente em declaração sobre a ministra ter feito críticas à PF (Polícia Federal) quando ocupou o cargo de senadora. Ele negou ter associado o apelido à ministra.“Quem colocou o apelido foi [sic] os empresários da Odebrecht. Não fui eu. E eu me referi ao apelido ‘amante’, que devia ser a maior prostituta. Apelido que os empresários colocaram. Em momento algum eu me referi a hoje ministra em nenhum momento”, declarou.Em maio, Gilvan teve seu mandato suspenso de forma cautelar por 3 meses. Apesar do afastamento já ter sido cumprido, ainda tramita no conselho o processo que apura suas condutas e pode levar a outras punições, inclusive a possível cassação.Na oitiva, Gilvan também citou outros deputados que também teriam sido citados nas planilhas. “Não vi nunca nem Lindbergh [Farias], nem Paulo Pimenta, nem Gleisi Hoffmann assumir os apelidos da lista. Nenhum dos três assumem os apelidos. Se eles não assumem os apelidos, eles não podem se ofender se alguém se referir aos apelidos”, disse.O relator da ação contra Gilvan, deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), fez poucas perguntas e a oitiva durou menos de meia hora. Com o fim da instrução processual, o Conselho abriu prazo de dez dias úteis, até 28 de outubro, para o relator apresentar seu relatório final.*Publicado por Emilly Benhke